Com jeito vai… se não, um dia, a casa cai – Pedro Fagundes Azevedo 2.5/5 (2)

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Pedro Fagundes Azevedo, ex-presidente da Legião Espírita de Porto Alegre Contribuição de Pedro

Sou do tempo das marchinhas carnavalescas que a gente decorava espontaneamente em fevereiro e depois ficavam ecoando o ano inteiro em nossos ouvidos. Com o tempo, passaram a ser substituídas pelos enredos das Escolas de Samba que hoje ninguém entende e ninguém recorda. Lembro-me ainda de um estribilho, de 1979, que dizia “menina vai, com jeito vai, se não um dia a casa cai. Mas, no meio da folia a turma deturpava a letra, que ficava assim: “se não, um dia, as calças caem”. Era o supremo escracho, numa época pautada por padrões de respeito que pouco a pouco foram sendo banalizados por essa moral de cuecas que aí está, trazida principalmente pela televisão.

O fato, porém, é que na atualidade muitas pessoas, ingenuamente, acreditam que a participação nas festas de Momo, tão do agrado dos brasileiros, não tem nada de mal.. E, de fato, não haveria prejuízo maior, se todos pensassem e brincassem num clima sadio, de legitima confraternização. Infelizmente, porém, a realidade é bem diferente. Vejamos, por exemplo, as conclusões a que chegou um grupo de psicólogos que analisou o carnaval, segundo matéria publicada já há algum tempo no Correio Brasiliense, jornal da Capital da República:

“(…) de cada dez casais que caem juntos na folia, sete terminam a noite brigados (cenas de ciúme, intrigas, etc.); que, desses mesmos dez casais, posteriormente, três se transformam em adultério; que de cada dez pessoas (homens e mulheres) no carnaval, pelo menos sete se submetem a coisas que abominam no seu dia-a-dia, como o álcool e outras drogas (…). Concluíram que tudo isto decorre do êxtase atingido na grande festa, quando o símbolo da liberdade, da igualdade, mas também da orgia e da depravação, estimulado pelo álcool leva as pessoas a se comportarem fora de seus padrões normais (…)”.

Um detalhe importante que, provavelmente, eles não sabem, é que no plano invisível a turma do astral inferior também se prepara e vem aos magotes participar dos folguedos carnavalescos. Na psicosfera criada por mentes convulsionadas pela orgia, os espíritos das trevas encontram terreno propício para influenciarem negativamente, fomentando desvios de conduta, paixões grosseiras, agressões de toda a sorte e, ainda, astuciosas ciladas. No livro “Nas Fronteiras da Loucura”, psicografado por Divaldo Pereira Franco, são focalizados vários desses processos obsessivos, sobre pessoas imprevidentes, que pensavam apenas em se divertir no carnaval do Rio. Mostra também o infatigável trabalho dos espíritos do bem, a serviço de Jesus, procurando diminuir o índice de desvarios e de desfechos profundamente infelizes.

Só por essa amostra já dá pra ver como é difícil, para qualquer cristão, passar incólume pelos ambientes momescos. Por maior que seja a sua fé, os riscos de contrariedades e aborrecimentos são muito grandes. Fiquemos, portanto, com o apóstolo Paulo, que dizia “tudo me é lícito, mas nem tudo me convém”. (I Cor. 6,12).

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