A CONFIANÇA – Espírito Lancellin

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Espírito Lancellin

Não há criatura alguma que possa viver sem confiança.

Ela marca a certeza naquilo que deveremos alcançar.

A confiança nasce da fé, que tranqüiliza os nossos corações nas lutas de cada dia.

Se desejas confiar em alguma coisa, basta confiar em ti mesmo.

No entanto, para que essa fé em ti mesmo te dê uma garantia, é preciso a aquisição de outras virtudes, que deverás conquistar no universo do teu mundo interno.

A fé não se compra nem se toma emprestada, como fazes com as coisas exteriores.

O preço dela é representado por atribuições dos valores espirituais.

A fé verdadeira nasce na tranqüilidade da consciência.

Se esta não te acusa, é porque estás indo bem nas linhas da existência e, de momento a momento, a luz da fé começa a iluminar a tua mente e empenhar-se com o coração, em uma jornada de entendimento.

A conquista da fé não é tão fácil como se pensa.

Ela vibra no seio de muitas virtudes e esplende nos sentimentos de quem ama o próximo como a si mesmo, sem esquecer de amar a Deus sobre todas as coisas.

Certamente que não agradamos todas as criaturas com quem convivemos. Não obstante, devemos ter cuidado na comunicação com os nossos irmãos em roteiro, observando os seus comportamentos e as suas necessidades, fazendo o que pudermos para ajudá-los, sem a exigência comum nos círculos onde habita a ignorância.

Meu irmão, confia nas tuas próprias forças e trabalha dentro do teu mundo interno, no silêncio que te pedir a vida reta, que esse aprimoramento dar-te-á muita paz e uma consciência que não se perturba com simples problemas.

A certeza do êxito diante de problemas a serem enfrentados não é somente para o religioso. É para todos os trabalhos a que nos dispomos realizar, desde as idéias formadas na mente, aos campos onde as sementes devem ser depositadas, para que os frutos apareçam para saciar a fome, prover as vestes e o próprio conforto.

Deves adereçar, de quando em vez, os próprios sentimentos, buscando no fundo da consciência o condão da fé, para sentires e veres se está posicionado na direção do Amor.

Confere, sim, as tuas forças, em todos os sentidos e, principalmente no que tange ao perdão.

Será que a tua capacidade de perdoar está alerta em condições de esquecer as faltas ante aqueles que te ferem?

Será que não existem dúvidas em ti, no que se refere às coisas espirituais? Deves fazer tal avaliação, para que a tua fé verdadeira te permita viveres em paz dentro de ti mesmo.

Observa a vida que levas, para não alimentares ilusões nem fortificares mentiras.

Existem pessoas que confiam tanto em si mesmas, que acabam atrofiando a razão, colocando em desespero a própria vida.

Não pode existir confiança sem discernimento.

É para isso que temos raciocínio e, ainda mais, o Evangelho, para que possamos selecionar, com o Cristo, as nossas atitudes.

A fé deve ser iluminada com a Sabedoria e consubstanciada no Amor.

Entre todas as ciências, a mais difícil de ser conhecida é a ciência interna, é o autoconhecimento, aquele que nos retribuirá com a felicidade.

Confiemos muito, mas eduquemo-nos mais, que o Cristo fará o resto por nós.

(De “Cirurgia Moral”, de João Nunes Maia, pelo Espírito Lancellin)

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