Incentivo à Mediunidade – Odilon Fernandes 5/5 (1)

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Odilon Fernandes

Como sempre, a nossa palavra de incentivo é dirigida aos nossos irmãos médiuns, cujo trabalho é de suma importância na solidificação da fé.

Não se trata, evidentemente, apenas do consolo e do esclarecimento aos nossos irmãos despojados do corpo físico. Uma reunião como esta extrapola em benefícios de muitos, estejam no corpo ou fora dele.

A mediunidade, bem como o seu exercício, não dever ser motivo de sofrimento para o medianeiro, motivo de aflição, de perturbação; ao contrário, a faculdade mediúnica aflorada é fator de equilíbrio psicológico para o médium em busca de maior serenidade. Mediunidade deve ser sinônimo de alegria, de esperança, de possibilidade de ser feliz.

Evidentemente, a tarefa impõe responsabilidade, pois nada se consegue sem disciplina. A vitória, em qualquer setor de atividade humana, não se alicerça na desordem. O médium carece de eleger prioridades e de cumprir com descontração o dever a que é chamado… A possibilidade de atender aos nossos irmãos enfermos fora do corpo, o ensejo da doutrinação, do diálogo terapêutico em grupo, a mensagem que se propaga lá fora, alcançando famílias e companheiro outros, incrédulos alguns, desalentados outros e sem perspectiva para o futuro.

Vejamos a mediunidade como uma árvore frondosa, de raízes fortes, árvore que oferece sombra acolhedora, frutos sazonados e que garante a existência da fonte. Não entendamos a mediunidade como sendo uma punição ou carma… A mediunidade é sempre uma benção, seja qual for a maneira pela qual se manifeste. O medianeiro necessita de centrar-se, procurando o equilíbrio das próprias emoções, direcionar os pensamentos para o Alto e entregar-se, confiante, aos Benfeitores Espirituais que o assessoram.

O trabalho é imenso; estamos apenas no começo, digamos assim, de nossos empreendimentos espirituais sobre a Terra… Muito ainda há o que fazer. A mediunidade é cerceada pela falta de conhecimento da maioria, pelo misticismo, pela crendice, pela superstição; mas a mediunidade carece ser exercida de modo simples, sem quaisquer empecilhos – empecilhos que, muitas vezes, são colocados na mediunidade pelo próprio sensitivo, que não se liberta de suas concepções equivocadas, de seu fanatismo e de seu preconceito, porque não procura estudar e se esclarecer.

Nossos irmãos em humanidade permanecem na expectativa das melhores notícias do Plano Espiritual, de uma luz que se lhes acenda no caminho obscuro, de um gesto, de uma atitude de esperança, de algo que lhes enseje reflexões e que lhes oportunize o crescimento íntimo, com a conseqüente emancipação intelectual, para que aprendam a racionar com clareza, a pensar por si mesmos e a se devotarem à prática do bem aos semelhantes com espírito de desprendimento.

Saneemos a mediunidade; que os médiuns saneiem em si mesmos as suas faculdades mediúnicas, escoimando-as de quaisquer interferências negativas, relacionadas com o passado ou mesmo com os conflitos atuais e dificuldades de relacionamento. A mediunidade assim exercida cooperará com o médium, para que o médium conseqüentemente se conheça um tanto melhor e, apensar da consciência de suas limitações, prossiga trabalhando com alegria, ânimo e coragem.

Bibliografia

Bacelli, Carlos A.; Fernandes, Odilon. Incentivo à Mediunidade. cap. 32. 2003.

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