Quando o homem se sente ameaçado em sua segurança, é natural que procure se proteger… Contrata guardiões transfere-se de residência, muda até de identidade.
O homem, vítima da obsessão, perseguido por seus ferrenhos adversários espirituais, não tem como se esconder, portanto, onde estiver, através do pensamento invigilante, ele estará sempre exposto… Não vale camuflar-se ou delegar a sua segurança a outros, porquanto a obsessão, quando encontra campo propício, alcança a sua vítima em qualquer parte. Pode ser inclusive, que o chamado obsidiado esteja dentro de um templo religioso, de uma casa espírita, contando com a presença de diversos mentores da Espiritualidade Superior…
Quase sempre, o obsidiado é um mundo mental à parte, que possibilita acesso a sua intimidade às mentes que com a sua afinizam e, neste sentido, os amigos da Espiritualidade Maior pouco poderão fazer, para livrar o obsidiado da perseguição implacável de outras eras, porque, na maioria das vezes, é o próprio obsidiado que atrai e acolhe o obsessor em seu mundo psíquico.
Somente a prece, a vigilância, o trabalho desinteressado no bem, no sentido de sensibilizar os corações endurecidos, poderá fazer com que o obsidiado se fortaleça e, aos poucos, procure outra sintonia, elevando o padrão vibratório e disciplinando anseios.
O homem poderá, assim, se esconder daquele que o persegue, mas ninguém logrará fugir de si mesmo ou se ocultar da própria realidade, que se exterioriza através de pensamentos doentios e impulsos emotivos desequilibrados.
Reflitamos e mantenhamo-nos em alerta, porque a obsessão começa de maneira sutil, discreta, através de um pensamento infeliz que, devagar, se insinua.
Se a vítima de semelhante processo não procurar reagir, oferecendo à mente outros canais de sintonia, acabará cedendo à freqüência com que o pensamento negativo a envolve, impondo-se de modo imperceptível e causando-lhe danos de conseqüências morais imprevisíveis.
ESPÍRITO: ODILON FERNANDES.
MÉDIUM: CARLOS A. BACELLI.
LIVRO: FALANDO DE MEDIUNIDADE, CAP 9.