Neo Costa Contribuição de Nelson Costa
Meia palavra basta
Quando se consegue entender
Que aquele que na vida se arrasta
Necessita se fazer compreender.
Falamos a mesma língua
Amamos o mesmo Deus
Vivendo à margem, à míngua
Pelo elo do Amor que se perdeu.
Toda distância afasta
Toda permuta do saber
Nuvem de sombra que se alastra
Impedindo o sol de nascer.
Fazer-me “pequenino” me iguala
Aos cândidos, aos simples, aos puros
Todo orgulho em mim se cala
Implodindo entre nós este muro.
As vestes rôtas e desalinhadas
Encobrem o brilho de uma essência,
Tantas virtudes alinhavadas
Revestindo a alma com a roupagem da inocência.
Incômodo espinho que a carne vergasta
Do desamor para com o “Templo da Criação”
Almas em direção que se contrasta
Pela ausência de bênçãos, acolhimento e proteção