ALVORADAS DO REINO DO SENHOR 0/5 (1)

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Néo Costa Contribuição de Nelson Costa

Exterminados sem clemência

Devorados pelas feras famintas no circo romano

Os seguidores de Jesus em obediência

Padeciam sob o jugo de homens cruéis e desumanos.

Todas as forças celestiais se arregimentam

Em socorro à dolorosa experiência,

E diante da nova situação, todos os mártires experimentam

O regozijo merecido pela resignação e persistência.

Lívia contempla visões de belezas intraduzíveis

Assessorada por Simeão, abnegado amigo leal

E frente ao quadro de horror daquelas horas indizíveis

Vê as almas em redenção renascidas pela ressurreição espiritual.

Não mais os gritos ensurdecedores e lancinantes

Do espetáculo desumano de dor e agonia

A recompensa agora eram as sensações edificantes

Do cenário celestial que os planos superiores ofereciam.

As sonoridades entoadas das altas esferas

Como um cântico de eterna gratidão

Projetavam suavidades melodiosas e tantas quimeras

À paisagem sombria da Terra de pesada vibração.

As lágrimas contornam a palidez suave de seu rosto

E num instante clama ao amigo e benfeitor:

___Simeão, peça à Jesus que nesta hora o amargo gosto

Das duras provas me exime da dor.

___Serena, apacienta teu coração, devotada filha

Já pisas o redentor caminho da luz

E seguindo por esta iluminada trilha

Todos, impelidos às Alturas, provarão das benesses de Jesus!

Identifica em cada olhar que se mostra feliz e sorridente

Um parceiro da mesma provação

A saudade de Ana, amiga generosa e ausente

Traz ansiedade à alma na jornada para a glorificação.

___Filha, revela o amigo, não te aprisiones à saudade desmedida

Ana, pássaro cativo no cárcere terreno

Seguirá ainda aprendendo com as provas da vida

A amealhar mais dividendos ao seu espírito já tão sereno.

A escalada ascencional pelo caminho radiante

Afigurava-se repleta de belezas sublimadas

Contrastando com os sombrios círculos de vida na Terra distante

Na densidade dura das provas e expiações mergulhada.

Suave cântico de melodiosas vozes satura a atmosfera

Celebrando a redenção dos mártires do Cristianismo

Envolvendo de amor e esperança desde as mais altas esferas

Descendo aos planos inferiores onde impera o orgulho, a vaidade e o egoísmo.

Espírito evoluído de percepção dilatada

Lívia observa nas cercanias da Terra

Porque na “Casa do Pai existem tantas moradas”:

Diversas regiões de trabalho que o compromisso encerra.

Com as forças e os ânimos retemperados

As aspirações são coroadas e envolvidas pelos anelos da “Luz”,

E repetindo os quadros graciosos e inesquecíveis do passado

Projeta-se das Alturas, em sublimes exortações, a presença de Jesus.

Lágrimas de uma doce emoção santificam o momento

Estimulando a coragem para as tarefas porvindouras

Lívia recompensada dirige ao amigo uma reflexão e um lamento

___Se os homens conhecessem tais verdades buscariam o quanto antes o Reino de Deus e suas recompensas consoladoras!

___Sim filha, elucida Simeão, a observação destes ensinos é promessa para o futuro

E na seara do Mestre somos convocados à colaboração,

À semeadura da paz e das verdades nos corações mais impuros

Sacramentando assim nossa santificada missão.

Nos recônditos daquela alma abnegada habita uma vontade:

Compartilhar as glórias sublimes em companhia de seu grande amor,

Preso às hostes terrestres, no lodaçal do orgulho e da vaidade

Carecendo de piedade, consolo e estímulo transformador.

___Siga em frente filha, ordena outro Emissário resoluto

Ampara teu desventurado companheiro sujeito às duras provações.

O amor é o que atraí todos os seres e mostra seu poder absoluto

Quando incondicionalmente espalha-se em suas ilimitadas manifestações!

Sentindo o choque fluídico da diferença vibracional

A excursão espiritual logo alcança a Roma da mocidade e da infância tão pura

E se nutrindo de psicosfera tão desigual

Rejubila-se frente às benéficas modificações da alma gêmea que se cura.

Ajoelhado frente à cruz em profunda meditação

O senador Públio Lentulus tenta serenar as inquietações da alma aflita

Sondando os mistérios do Ser, do sofrimento, da dor e não

Registra a presença iluminada da amada que a ausência maltrata e palpita.

Reverenciando alegre a reconhecida Providência Divina

Lívia beija-lhe a fronte com o mais profundo sentimento

Celando definitivamente a união espiritual que tanto Jesus ensina

Enquanto Simeão ergue aos céus uma prece de amor e reconhecimento.

Tocado em seu íntimo por disposições novas

Através da ação consoladora e benfazeja,

Segue Públio, sustentado espiritualmente, à viver as mais duras provas

Em busca da libertação que seu Espírito enseja.

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