ILUSÕES E FANTASIAS – Casamento 3.33/5 (3)

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Se você fosse abordado por um vendedor de ilusões e fantasias, lhe daria ouvidos? Compraria seus produtos? Antes que você responda, pensemos um pouco sobre o assunto.
Quando buscamos prazer no prazer alheio, estamos vivendo de ilusões e fantasias.
Quando lemos revistas que exibem pessoas bonitas, elegantes, famosas, se deleitando em paraísos de mentira, estamos buscando sorver o prazer dessas pessoas como se estivéssemos em seu lugar.
Há revistas especializadas em criar um mundo maravilhoso, do qual só podem fazer parte as pessoas ricas, bonitas e elegantes, ou, se não são bonitas, pelo menos devem ter estilo.
E, nessas páginas que são maravilhosamente ilustradas, compramos fantasias e sorvemos ilusões e mentiras.
Quando retratam uma mulher jovem, bonita, no seu quinto casamento, estampando no rosto um sorriso amarelo, simulando felicidade, não podemos imaginar que essa seja a realidade.
Não há pessoa que possa, por mais fria que seja, envolver-se com vários cônjuges e filhos, e sair sem ferir ou ferir-se.
Quando um homem, de mais de 60 anos, que acaba de deixar esposa e filhos e se exibe, fingindo felicidade suprema, com uma esposa de 25, não pode estar vivendo mais que uma fantasia.
Ou será que é possível construir a felicidade sobre os escombros dos outros, em cujos corações cravamos o punhal da infidelidade e da indiferença? Observemos com atenção os olhares desses vendedores de ilusões e perceberemos sombras de tristeza imanifesta. São as gotas de amargura brotando nas profundezas da alma vazia e sem esperança.
Assim, antes de mergulharmos no mar das ilusões aportando em ilhas de fantasias, reflitamos se esse é o caminho que nos conduzirá à felicidade real.
Busquemos, antes, exemplos de dignidade e honradez. Tomemos, de preferência, o barco singelo do trabalho digno e vistamos o colete da honestidade para que estejamos seguros se por ventura o mar ficar revolto.
Não embarquemos na canoa furada do “faz de conta”, que não resiste aos embates das primeiras ondas da razão e do bom senso.
Contou-nos um amigo, que esteve nos Estados Unidos, que uma senhora rica e excêntrica possuía um carro que era a sua paixão.
Manifestou, em vida, o desejo de ser enterrada dentro dele. E assim foi feito.
Quando morreu, os filhos prepararam o corpo e o colocaram no interior do veículo, enterrando-o conforme seu desejo.
Passado algum tempo, esse nosso amigo, que é médium, intrigado com aquele fato, foi abordado pelo Benfeitor espiritual que lhe disse com pesar: É, a nossa irmã conseguiu que enterrassem o seu corpo num automóvel luxuoso, mas, infelizmente, no Mundo dos Espíritos ela está a pé, dependendo da misericórdia alheia.
Assim acontece com muitos de nós que nos permitimos viver de sonhos que nunca se tornarão realidade.
Agora já temos elementos para responder a pergunta inicial: compraríamos ilusões e fantasias? *** Retiremos a venda dos olhos e despedacemos as lentes escuras que nos impedem fixar as claridades reais da vida, promovendo o nosso programa de ação eficiente onde nos encontramos. Nada de ilusões.
HERANÇA TRÁGICA Os dias dourados dos tempos de namoro do jovem casal, de forma alguma deixavam adivinhar o que o futuro lhes reservava.
Os planos de felicidade feitos entre trocas de carinho e muita descontração, davam mostra de amor recíproco.
O tempo de noivado foi longo o suficiente para tratar dos detalhes da nova etapa de convívio a dois, do número de filhos que desejavam ter, dos objetivos da nova família que estava se formando.
Depois do casamento veio a viagem de núpcias. Um tempo a sós. Muito diálogo regado a beijos e carícias.
Os primeiros meses do casal em seu novo lar eram repletos de alegria e muitos planos e promessas de fidelidade e companheirismo.
Os anos passaram e os compromissos profissionais de cada um começaram a impedir os diálogos, antes tão frequentes.
Quando a esposa lembrava dos filhos planejados outrora, o marido dava desculpas e inventava motivos para que esperassem um pouco mais de tempo.
Um dia ele alegava o custo de vida alto. Como poderiam arcar com as despesas que um filho traria, esquecidos de que, se seus pais tivessem pensado assim, não teriam nascido.
Outra vez era a carreira profissional da esposa, que o nascimento de um filho viria atrapalhar.
E assim foram passando os anos…
O marido começou a chegar tarde da noite em casa, desculpando-se com a esposa, alegando excesso de trabalho…
Ela sentia-se só, lembrava que os filhos poderiam lhe fazer companhia, mas as desculpas logo surgiam…
Um dia, o marido sentiu um mal-estar e ela sugeriu que consultasse um médico. Ele atendeu.
Retornou do consultório um tanto calado, dizendo à esposa que o médico havia solicitado vários exames.
Desprezou a companhia da esposa quando foi levar ao médico os resultados.
Com o passar dos dias estava cada vez mais calado, depressivo.
A esposa, preocupada, queria saber o que estava acontecendo, mas ele dava respostas evasivas, dizendo que estava tudo bem…
A enfermidade se agravou, ele foi internado às pressas…
Os dias dourados de outros tempos, agora estavam cobertos com nuvens escuras e deprimentes…
As esperanças e os planos caíam no vazio…
…Um dia, a terrível notícia até então não revelada à esposa dedicada: a doença do esposo era aids.
Os olhos marejados de pranto não vislumbravam nada mais além…
Via seus sonhos de felicidade se desfazendo, um a um…
Os dias e noites ao lado do esposo agonizante, eram tristes e amargurados, mas ela não o abandonou…
Por fim, numa manhã cinzenta ele deu o último suspiro e ela experimentou a amargura da viuvez precoce…
As horas passavam como se fossem puxadas à força…
A solidão, as lembranças, os sonhos soterrados…
Um dia ela sentiu um mal-estar diferente, buscou um médico e ele lhe pediu vários exames…
Em seguida, a resposta: recebera do marido a trágica herança…
*** A fidelidade é um tesouro muito desprezado nos dias atuais.
E a infidelidade é um veneno que tem devastado lares e dilacerado corações.
Se você deseja construir a sua felicidade verdadeira, busque apoiá-la nos pilares indestrutíveis da fidelidade e da confiança mútua.
(Texto da Equipe de Redação do Momento Espírita)

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