Vai nascer a verdade – Folha Espírita Cairbal Schutel – Guaraci de Lima Silveira 5/5 (1)

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Verdade vem do latim Veritate.

Pode significar o que é real ou possivelmente real dentro de

um sistema de valores.

Os homens sempre procuraram a verdade das coisas com as

quais esteve e está envolvido.
Pensadores do passado buscaram

explicações para a verdade.

Nesta busca muitos tropeçaram e muitos ainda tropeçam.

William Shakespeare, poeta e dramaturgo inglês, num dos

seus apontamentos diz:

“Que formosa aparência tem a falsidade”.

Sim, muitos tomam o falso por verdadeiro e com isto confundem

valores.

A mente humana quase sempre inadaptada para os grandes

questionamentos das Leis Divinas que nos rege, costuma praticar

caótica inversão ao analisar o que é bom, segundo seus critérios

e conceitos.

Idolatra coisas, causas e pessoas sem o mínimo senso de

compromisso cristão e em detrimento aos que se dedicam com

afinco para a implantação do bem real entre os homens.

Jean Baptiste Massillon foi um religioso francês, pregador e

bispo de Clermont desde 1717 até seu desencarne em 1742.
E, na

pátria espiritual, continuou seus estudos e trabalhos a favor de

um tempo melhor objetivando ajuizar pessoas melhores.

Numa comunicação mediúnica em Bordéus e publicada por

Allan Kardec na Revista Espírita de abril de 1861, o nobre espírito

tratou deste tema com muita propriedade.

Disse ele:

“Quais são os gemidos dolorosos que vêem repercutir em meu coração

e fazer vibrar todas as suas fibras? É a humanidade que se debate

no esforço rude e penoso trabalho, porque v ai dar luz à verdade”.

Quando Jesus pronunciou a sentença: “Conhecereis a verdade

e ela vos libertará” – Jo 8, 32, o Mestre acendeu em nossos corações

a grande perspectiva de que um dia todos andaremos de braços

dados com o que de fato é real e permanente.

Pedro ficou intrigado com o que Jesus disse naquela manhã

no pátio do Templo e, à noite, nos momentos de estudos a sós

entre o Mestre e seus discípulos, o venerado Apóstolo interrogou

a Jesus o que seria a verdade.

Jesus o olhou profundamente como se ele representasse ali

toda a humanidade a perguntá-lo a mesma coisa e respondeu:

“Pedro, a verdade é o conhecimento das Leis Divinas instituídas

por Deus”.

Eis o caminho para descobrirmos e nos conduzirmos dentro

dos parâmetros da verdade.

Os gregos iniciaram no Ocidente o estudo da natureza a que

deram o nome de Física.
A partir dali nós, os ocidentais, abrimos

o grande livro da verdade divina.

A ciência, a filosofia e a religião tentam decifrar os enigmas

dessas Leis que a tudo rege com sabedoria e equidade.

Necessitamos, contudo, sermos espíritos destemidos e

perseverantes para entendermos o que Deus nos diz através

desse debulhar de informações contidas no mundo e nos céus

que nos cobre, avançando além pelo Universo.

Somente aí a busca da verdade será de fato soberanamente

promissora.

Até lá vamos palmilhando caminhos muitas vezes ermos,

afirmando agora para corrigirmos depois e, após, voltarmos a

modificar conceitos.

Claro, faz parte dos aprendizados, mas nos é necessário

amadurecermos para encontrarmos de fato com a verdade que

se estenderá sempre e sempre, porém num ritmo adequando à

Suprema Vontade Deus.
Aí a diferença se estabelece: nossas verdades

mutáveis e a verdade imutável do Pai e Criador.

Assim, podemos dizer com Massillon que vai nascer a verdade

e ela já acontece, porém de forma individual para somente

mais tarde abranger toda a sociedade.

O antigo clérigo ainda nos diz que:

“.
.
.
em alguns anos vai cair os andaimes do espírito de mentira e,

verdade imutável como o próprio Deus, chamar pelo Espiritismo todos

os homens à sua bandeira”.

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