141 – A ESPERANÇA – Mensagens de Emmanuel 3.75/5 (4)

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141 – A ESPERANÇA

Eu me chamo a Esperança, sorrio à vossa entrada na vida, eu vos sigo passo a passo, e não vos deixo senão nos mundos
onde se realizam, para vós, as promessas de felicidade que ouvis, sem cessar, murmurar aos vossos ouvidos. Eu sou
vossa fiel amiga, não repilais minhas inspirações: eu sou a Esperança.
Sou eu que canto pela voz do rouxinol e que lança aos ecos das florestas essas notas lamentosas e cadenciadas que vos
fazem sonhar com os céus: sou eu quem inspira à andorinha o desejo de aquecer seus amores ao abrigo de vossas moradas,
eu brinco na brisa leve que acaricia os vossos cabelos, eu derramo aos vossos pés os perfumes suaves das flores de
vossos canteiros, e é com dificuldade que dais um pensamento a esta amiga que vos é tão devotada! Não a repilais: é a
Esperança.
Eu tomo todas as formas para me aproximar de vós: eu sou a estrela que brilha no azul, o quente raio de sol que vos
vivifica, embalo vossas noites de sonhos ridentes, expulso para longe de vós a negra inquietação e os pensamentos
sombrios, guio vossos passos para o caminho da virtude, acompanho-vos em vossas visitas aos pobres, aos aflitos, aos
moribundos e vos inspiro as palavras afetuosas que consolam, não me repilais: eu sou a Esperança.
Eu sou a Esperança! sou eu que, no inverno, faço crescer sobre a crosta dos carvalhos os musgos espessos dos quais os
pequenos pássaros constroem seu ninho, sou eu que, na primavera, corôo a macieira e a amendoeira de suas flores
brancas e rosas, e as derramo sobre a terra como uma juncada celeste que faz aspirar aos mundos felizes, estou
sobretudo convosco quando sois pobres e sofredores, minha voz ressoa, sem cessar, em vossos ouvidos, não me
repilais: eu sou a Esperança.
Não me repilais, porque o anjo do desespero me faz uma guerra obstinada e se esgota em vãos esforços para me
substituir junto de vós, não sou sempre a mais forte e, quando ele chega a me afastar, vos envolve com suas asas
fúnebres, desvia os vossos pensamentos de Deus e vos conduz ao suicídio, uni-vos a mim para afastar sua funesta
influência e deixai-vos embalar docemente em meus braços, porque eu sou a Esperança.
FÉLICIA.
Filha do médium.
Revista Espírita nº 2 – Ano IV

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