156 – A EXISTÊNCIA DA ALMA – Mensagens de Emmanuel 3.33/5 (3)

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156 – A EXISTÊNCIA DA ALMA

Todas as religiões são acordes quanto ao princípio da existência da alma, sem, contudo, o demonstrarem. Não o são,
porém, nem quanto à sua origem, nem com relação ao seu passado e ao seu futuro nem, principalmente, e isso é o
essencial, quanto às condições de que depende a sua sorte vindoura. Em sua maioria, elas apresentam, do futuro da
alma, e o impõem à crença de seus adeptos, um quadro que somente a fé cega pode aceitar, visto que não suporta exame
sério. Ligado aos seus dogmas, às idéias que nos tempos primitivos se faziam do mundo material e do mecanismo do
Universo, o destino que elas atribuem à alma não se concilia com o estado atual dos conhecimentos. Não podendo, pois,
senão perder com o exame e a discussão, as religiões acham mais simples proscrever uma e outro.
Dessas divergências no tocante ao futuro do homem nasceram a dúvida e a incredulidade. Entretanto, a incredulidade dá
lugar a um penoso vácuo. O homem encara com ansiedade o desconhecido em que tem fatalmente de penetrar. Gela-o a
idéia do nada. Diz-lhe a consciência que alguma coisa lhe está reservada para além do presente. Que será? Sua razão,
com o desenvolvimento que alcançou, já lhe não permite admitir as histórias com que o acalentaram na infância, nem
aceitar como realidade a alegoria. Qual o sentido dessa alegoria? A Ciência lhe rasgou um canto do véu, não lhe
revelou, porém, o que mais lhe importa saber. Ele interroga em vão, nada lhe responde ela de maneira peremptória e
apropriada a lhe acalmar as apreensões. Por toda parte depara com a afirmação a se chocar com a negação, sem que de
um lado ou de outro se apresentem provas positivas. Daí a incerteza e a incerteza sobre o que concerne à vida futura faz
que o homem se atire, tomado de uma espécie de frenesi, para as coisas da vida material.
Esse o inevitável efeito das épocas de transição: rui o edifício do passado, sem que ainda o do futuro se ache construído.
O homem se assemelha ao adolescente que, já não tendo a crença ingênua dos seus primeiros anos, ainda não possui os
conhecimentos próprios da maturidade. Apenas sente vagas aspirações, que não sabe definir.
Do Livro: “A Gênese” – Capítulo IV – Itens 13 e 14

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