Amigo Incomparável – Redação do Momento Espírita 5/5 (1)

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Quanto vale um amigo? Por vezes, afirmamos que tudo na vida tem um preço.

Quando pensamos dessa forma, utilizamos moedas, cédulas e títulos monetários na aquisição do que desejamos.

Logo descobrimos, no entanto, que podemos comprar objetos, coisas, atendermos muitos dos nossos desejos.

Mas, não podemos comprar um amigo.
Porque amigo é alguém muito especial.
É alguém em quem se confia, a quem se entrega a vida, a alma.

O amigo é de tal forma precioso que, ao se examinar as vidas de pessoas que se destacaram no mundo, sempre descobrimos alguém que lhes dispensou a amizade doce e pura.

Lendo a vida do grande Apóstolo dos gentios, Paulo de Tarso, encontramo-la recheada de amigos.

Ananias, o perseguido do ainda orgulhoso Saulo, é quem lhe devolverá a visão, em Damasco e se tornará seu amigo.

Amigo de tal forma sincero que, mesmo sob tortura, não revelará aos inimigos do jovem de Tarso, onde ele se encontra.

Gamaliel, o que fora seu mestre em Jerusalém, é quem o acolhe, depois de seu retorno de Damasco.
É quem o aconselha a um período de retiro para meditação e amadurecimento, antes de se entregar à divulgação da Boa Nova.

É quem lhe confia os manuscritos das anotações de Mateus, presente do Apóstolo Pedro, e que lhe deveriam servir de credencial quando Paulo se apresentasse ao velho Apóstolo, na Casa do Caminho.

Áquila e Prisca são amigos que o acolhem no oásis de Dan, para onde segue o convertido de Damasco e onde permanecerá por largo período.

Foram amigos fiéis até o fim.
Companheiros de muitas lutas e andanças, também eles identificados com os ensinos do Cristo.

O Evangelista Lucas é outro amigo.
Com seu trabalho, concretiza o plano de Paulo de ir à Macedônia, pois lhe custeia a viagem.

Nos anos finais de Paulo, será ele o esteio moral e até físico, vivendo ambos sob o terror implantado por Nero, em Roma.

Paulo registra sua presença na Epístola a Timóteo, a segunda, poucas semanas antes de ser decapitado: Só Lucas está comigo.

* * *

Ninguém pode dispensar um amigo que é sustentáculo, apoio.

Significa afeição, oásis no deserto, água refrescante ao sedento.

Por isso, agradeçamos a Deus pelos amigos que temos.

Eles representam, em síntese, uma parcela do amor de Deus que se expressa em forma humana, na face da Terra.

Mas acima e além de tudo, não nos esqueçamos de um amigo incomparável.
Ele se chama Jesus.

Cristo é um amigo à parte.
Nenhum outro que a Ele se iguale.

Os amigos terrenos lançam raízes nos corações, mas acima de todos eles, se encontra Jesus, incomparável, indiscutível.

Não O esqueçamos, jamais, nas sombras das nossas noites de amargura ou na claridade radiosa dos nossos dias de alegria.

* * *

Jesus lecionou e viveu a amizade.
Suas foram as palavras: Ninguém tem maior amor que o daquele que dá a sua vida por seus amigos.

Também disse: Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu Senhor.
Em vez disso, eu os tenho chamado amigos, porque tudo o que ouvi de meu pai eu vos tornei conhecido.

Aprendamos com Ele, nosso Modelo e Guia.

Redação do Momento Espírita, com base no livro As marcas do Cristo,

v.
1, cap.
4, de Hermínio Miranda e no Evangelho de João,

cap.
15, vers.
15.

Em 26.
9.
2019.

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