A felicidade ainda não é deste planeta.
Ela existe em mundos superiores, onde os espíritos que neles habitam já se libertaram pela verdade evolutiva.
Não obstante, é nosso dever buscá-la, para que a conquista fique mais perto de nós.
As bem aventuranças haverão de ser o nosso intransferível patrimônio.
A melhor receita para adquirirmos a felicidade é a que Cristo nos legou, através do Evangelho.
O espírito angélico que já atingiu a pureza espiritual nunca mais sofrerá, porque a dor ser-lhe-á inútil instrumento, grosseira possibilidade, que não diz respeito ao seu tamanho evolutivo.
Ele já se encontra vencido pelo saber e pelo amor, colocando este último, pela sua evolução divina, acima de todas as consequências humanas.
Aí, sentir-se feliz é, por excelência, o clima natural dentro da eternidade.
O elóquio da alma, na frequência evangélica, é o princípio da felicidade, pois essa alegria nos abre caminhos sobremaneira divinos.
Na mesma sequência, o amor caminha, balizando o espírito para as bem-aventuranças, onde quer que esteja.
A felicidade é pureza de consciência, é amor introvertido e extrovertido, é Deus e Jesus brilhando no centro da alma.
Pensamos, escrevemos e falamos sobre o céu dentro de nós, há milénios.
Entretanto, não construímos esse ambiente de maneira edificante, nos moldes projetados pêlos grandes instrutores da humanidade, por nos faltar o cumprimento dos dois mandamentos, que nos propõem amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos.
Porém, não nos convém esmorecer.
O tempo é o grande responsável, de certa forma, por esse acontecimento.
A maturidade elimina a ignorância e a verdade começa a instalar-se, como prerrogativa do amor.
O solfejo desse canto harmonioso que se chama felicidade inicia-se na mente.
A consciência começa, através dos pensamentos, a modificar a estrutura mental, de modo a superar obstáculos até mesmo biológicos.
O vício das ideias, pouco recomendadas pelo senso nobre, acostuma a matéria a vibrações inferiores.
Se mudadas repentinamente, há estranheza de conjunção magnética, levando, em muitos casos, os órgãos ao completo desacerto.
Os pontos negros no acolchoado da aura humana, quando convidados a se retirarem por pensamentos superiores, provocam no sistema nervoso, que a eles se associou por sintonia de sentimentos que também o atingem, um distúrbio não menos perigoso.
Eis porque falamos sempre da necessidade da luta, quando queremos construir coisas novas na cidade da mente.
É imprescindível a persistência, a paciência, as medidas adequadas, o bom senso, a altivez e a tolerância.
E nunca deixar ser tomado pelo desânimo.
A leitura sadia é uma ótima arma, porque, por ela, acumulamos princípios elevados na consciência e começamos a sintonizar-nos com o alimento da verdade, assimilando conceitos dignos de um homem de bem.
A felicidade é a completa vivência de todas as virtudes apregoadas pelo Cristo e Seus grandes enviados.
No entanto, para chegarmos até lá, necessário se faz que tenhamos o começo, e esse começo pode ser um simples pensamento de servir, que se avoluma, fazendo do candidato um místico ou um santo, um génio ou um sábio.
Por fim, fundem-se todos, esplendendo em Cristo.
A felicidade ainda está no terreno da esperança, mas todas as ciências, filosofias – 138 – e religiões indicam caminhos para ela.
Vamos prosseguir decididos, pois somente o amor e a sabedoria nos levam às bem-aventuranças.
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