Quando as sombras da morte arrebatam nossos amores, um punhal se crava em nosso coração.

A dor moral é tamanha, a sensação de perda é tão grande que o corpo inteiro se retesa e sente dores.

À medida que os dias se sucedem e as horas avançam, tristonhas, acumulando dias, a ausência da presença amada mais se faz dolorida.

Então, revolvemos nossas lembranças e no banco de dados da nossa memória, vamos recordar dos momentos felizes que juntos desfrutamos.

Recordamos das viagens, das pequenas coisas do dia a dia, dos aniversários, das tolices.

E até das rusgas, dos pequenos embates verbais que, por convivermos tão próximos, aconteceram, ao longo dos anos.

Se o ser amado é um filho, ficamos a rememorar os primeiros passos, as palavras iniciais, os balbucios.
E a noite da saudade vai se povoando de cenas que tornamos a viver e a sentir.

Recordamos o dia da formatura, as festas com os amigos, as ansiedades antes das entrevistas do primeiro emprego.
Tantas coisas a rememorar.
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Acionamos as nossas recordações e, como um filme, as cenas vão ali se sucedendo, uma a uma, enquanto a vertente das lágrimas extravasa dos nossos olhos.

Se se trata do cônjuge, vêm-nos à lembrança os dias do namoro, os tantos beijos roubados aqui e ali, as mãos entrelaçadas, os mil gestos da intimidade.
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Na tela mental, refazemos passos, atitudes, momentos de alegria e de tristeza, juntos vividos e vencidos.

Pais, irmãos, amigos, colegas.
A cada partida, na estatística de nossa saudade, acrescentamos mais um item.

E tudo nos parece difícil, pesado.
A vida se torna mais complexa sem aqueles que amamos e que se constituíam na alegria de nossos dias.

Vestimo-nos de tristeza e desaceleramos o passo da própria existência.

Como encontrar motivação para a continuidade das lutas, se o amor partiu?

Como prosseguir caminhando pelas vias da solidão e da saudade?

* * *

Nossos amores vivem e nos veem, nos visitam.
Não estão mortos, apenas retiraram a vestimenta a que nos habituáramos a vê-los.

Substituíram as vestes pesadas por outras diáfanas, vaporosas.
Mas continuam conosco.

Por isso, não contribuamos para a sua tristeza, ficando tristes.

Eles, que nos amaram, continuam a nos amar com a mesma intensidade e nos desejam felizes.

Por isso nos visitam nas asas do sonho, enquanto o sono nos recupera as forças físicas.

Por isso nos abraçam nos dias festivos.
Transmitem-nos a sua ternura, com seus beijos de amor.

Sim, eles nos visitam.
Eles nos acompanham a trajetória e certamente sofrem com nossa inconformação, nosso desespero.

Eles estão libertos da carne porque já cumpriram a parte que lhes estava destinada na Terra: crianças, jovens, adultos ou idosos.

Cada qual tem seu tempo, determinado pelas sábias leis divinas.

* * *

Quando as dores da ausência se fizerem mais intensas, ora e pede a Deus por ti e por teus amores que partiram.

E Deus, que é o amor por excelência, te permitirá o reencontro pelos fios do pensamento, pelas filigranas da prece, na intimidade da tua mente e do teu coração.

Utiliza essa possibilidade e vive os anos que ainda te faltam, com nobreza, sobre a Terra.

Redação do Momento Espírita.

Disponível no CD Momento Espírita, v.
14, ed.
FEP.

Em 2.
11.
2024

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