Já nos demos conta de que, algumas vezes, estamos carregando peso em demasia?
Tudo parece recair sobre nossas costas: a família, o trabalho, os cuidados com o corpo, os cuidados com a alma.
Some-se a isso os problemas do mundo, a insegurança, o sustento financeiro, as expectativas dos outros, a necessidade de estarmos conectados para não nos sentirmos excluídos da sociedade.
Tudo pesa.
E pesa muito.
Será que precisamos abraçar todo esse peso?
Alguns nos deixamos afetar por tudo.
Somos almas que andamos de portas escancaradas.
Qualquer vento entra, qualquer tempestade faz uma grande bagunça.
Se temos andado com portas e janelas abertas, precisamos de disciplina e silêncio interior.
Precisamos organizar nossos pesos, nossas responsabilidades.
Saber destacar o que é nosso e o que não é.
O que podemos controlar e o que não podemos.
O que é para agora e o que é para depois.
Mesmo na esfera da família, onde estão nossas maiores responsabilidades, precisamos de disciplina dos pensamentos e emoções.
Como pais, por exemplo, se formos esmagados pela ansiedade, pelas expectativas exageradas antes da hora, estaremos carregando pesos desnecessários.
Certamente, presenciamos a situação em que, num tom de brincadeira, amigos falam para o pai de uma menina de quatro ou cinco anos: Já pensou na adolescência? Primeiro namorado? Essa vai dar trabalho!
E quase morremos do coração, só de imaginar.
Naturalmente, trata-se de uma brincadeira.
Mas ela demonstra muito bem como temos esse costume de antecipar sofrimentos, de carregar pesos antes da hora, de criar tensões sem necessidade.
Alguns de nós, mesmo com os filhos adultos, donos de si, continuamos carregando aquele mesmo peso da primeira infância, quase que as mesmas preocupações.
Será que estão bem? Será que estão se alimentando bem? Será que fulano está tratando bem a minha filha?
Acabamos nos envolvendo em demasia na vida dos filhos, prejudicando o seu desenvolvimento.
Esquecemos de soltar e vamos carregando um peso que não precisa ser nosso.
Podemos também colocar referências e expectativas exageradas, distorcidas, para nós mesmos.
Elegemos ídolos, modismos, meios de vida esdrúxulos, baseados nessa ou naquela crença, por vezes debaixo da bandeira de uma suposta saúde do corpo físico, e acabamos nos escravizando.
Peso demais! Peso demais que nos prejudica a máquina corporal a longo prazo, em nome da beleza, do fisiculturismo, pois colocamos na mente: Eu preciso!
Será que precisamos mesmo de todo esse peso?
Vale a pena a reflexão.
Com um pouco de silêncio interior e disciplina, perceberemos que nem todo peso que carregamos precisa ser nosso.
Elejamos o que ler, o que assistir, com o que nos preocupar, e em que momento.
Isso é disciplina de pensamento.
Do contrário, o esgotamento chega antes do que imaginamos e de formas que nos deixarão bastante infelizes.
Lembremos: nem tudo que pesa é nosso.
Redação do Momento Espírita
Em 18.
8.
2025

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