Normalmente, pensamos que a paz é ausência de preocupação.
Em verdade, isso sinaliza apatia, ausência de dinamismo, paralisia.
Muitas vezes, um semblante sereno oculta uma existência assinalada por preocupações, angústias e desesperos vencidos com coragem e persistência.
A luta, sob qualquer aspecto, é mensageira da ordem que permite a conquista da harmonia interior.
Seria de nos perguntarmos por que desejamos, então, uma existência sem embates, sem desafios.
Que paz seria essa que buscamos, distante das virtudes que a proporcionam?
Por outro lado poderíamos questionar como lidar com tantos insucessos, tantas frustrações, e mesmo assim cultivar a paz.
A questão diz respeito à maneira como costumamos administrar a atividade que exige esforço, abnegação e persistência.
O nosso amadurecimento psicológico é fator decisivo para o comportamento edificante em quaisquer circunstâncias, que culmina nesse estado de equilíbrio, prenunciador de paz e plenitude.
Por isso, a postura saudável, diante de todas as situações, é essencial: paciência, perseverança e uma presença mental madura, de quem está em aprendizado com cada experiência.
Mesmo aquilo que fugiu ao nosso controle, o inesperado, o absurdo, mesmo a situação mais extrema, está sempre enquadrada em leis maiores.
Leis justas.
Nada está em descontrole absoluto.
Difícil, com certeza, nos é tentar entender tudo por enquanto.
Não podemos ter a pretensão de prever todos os acontecimentos, com risco de cairmos em frustração.
Cabe-nos agir corretamente, buscando o melhor para nós e para os demais.
Porém, sempre poderemos ser surpreendidos por algo que não imaginamos, não prevemos.
Importante que os obstáculos não nos desanimem, nem nos permitamos o receio do insucesso.
Sairemos sempre mais fortalecidos se soubermos observar com atenção.
Grandes geradores de paz são nossas ações.
A paz que procuramos está nas ações de amor e de misericórdia, que diluem as sombras da ignorância e da perversidade.
É a paz abraçando os sentimentos, que vão se modificando conforme nos abrimos ao amor, conforme nos colocamos em harmonia com as leis maiores do Universo.
Toda ação voltada ao amor, voltada a servir, naturalmente constrói alguma paz interior, uma paz que fica, como alicerce para uma próxima, mais alta, que poderá vir logo a seguir.
Quando se começar a pensar e agir em benefício do todo, quando nossas palavras e atos refletirem um pouco que seja da Bondade Divina, conseguiremos começar a mergulhar numa paz indescritível, uma paz que não se acaba.
Jesus falou dessa paz.
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Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou.
Não a dou como o mundo a dá.
Era a paz que Ele havia alcançado, a paz de uma alma que ama a todos, a paz de um Espírito perfeito, não a paz aparente do mundo.
Se desejamos essa paz, imitemos o Mestre sempre que nos seja possível.
Trata-se de um exercício.
A pouco e pouco, estaremos entesourando a paz que fará nos sentirmos como verdadeiros filhos de Deus.
Redação do Momento Espírita, com base no cap.
4,
do livro Vidas vazias, pelo Espírito Joanna de Ângelis,
psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed.
LEAL e
citação do Evangelho de João, cap.
14, versículo 27.
Em 1º.
9.
2025
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