… Não separe o homem o que Deus ajuntou.
Jesus – Mateus: 19 – 6
… Quando Jesus disse: Não separe o homem o que Deus ajuntou , essas.
palavras se devem entender com referênciaà união, segundo a lei imutável
de Deus e não segundo a lei mutável dos homens. ESE. Cap. XXII – 3
Aspiras a convivência dos espíritos de eleição com os quais te harmonizas agora, no entanto, trazes ainda na vida social e doméstica, o vínculo das uniões menos agradáveis que te compelem a frenar impulsos e a sufocar os mais belos sonhos.
Não violentes, contudo, a lei que te preceitua semelhantes deveres.
Arrastamos do passado ao presente, os débitos que as circunstâncias de hoje nos constrangem a revisar.
O esposo arbitrário e rude que te pede heroísmo constante é o mesmo homem de outras existências, de cuja lealdade escarneceste, acentuando-lhe a feição agressiva e cruel.
Os filhinhos doentes que te desfalecem nos braços, cancerosos ou insanos, idiotizados ou paralíticos são as almas confiantes e ingênuas de anteriores experiências terrestres, que impeliste friamenteàs pavorosas quedas morais.
A companheira intransigente e obsediada, a envolver-te em farpas magnéticas de ciíme, não é outra senão a jovem que outrora embaíste com falsos juramentos de amor, enredando-lhe os pés em degradação e loucura.
Os pais e chefes tirânicos, sempre dispostos a te ferirem o coração, revelam a presença daqueles que te foram filhos em outras épocas, nos quais plantaste o espinheiral do despotismo e do orgulho, hoje contigo para que lhes renoves o sentimento, ao preço de bondade e perdão sem limites.
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Espíritos enfermos, passamos pelo educandário da reencarnação, qual se o mundo, transfigurado em sábio anestesista, nos retivesse no lar para que o tempo,à feição de professor devotado, de prova em prova, efetue a cirurgia das lesões psíquicas de egoísmo e vaidade, viciação e intolerância que nos comprometem a alma.
À frente, pois, das uniões menos simpáticas, saibamos suporta-las, de ânimo firme.
Divórcio, retirada, rejeição e demissão,às vezes, constituem medidas justificáveis nas convenções humanas, mas quase sempre não passam de moratórias para resgate em condições mais difíceis, com juros de escorchar.
Ouçamos o íntimo de nós mesmos.
Enquanto a consciência se nos aflige, na expectativa de afastar-nos da obrigação, perante alguém, vibra em nós o sinal de que a dívida permanece.
Espírito: Emmanuel
Psicografia: Francisco Cândido Xavier
Livro: Livro da Esperança – Cap. 76