56 – JESUS E DIFICULDADE

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… Não se vos tu rbe o coraço… . JESUS (JOÃO, 14:27)
Jesus nunca prometeu aos discípulos qualquer isenção de dificuldades, mas com
frequência reclamava-lhes o coração para a confiança.
No cenáculo, descerrando, afetuoso, o coração para os aprendizes, dentre muitas
palavras de esperança e de amor, asseverou com firmeza: – Não se turbe o vosso
coração, nem se atemorize .
Pacificava o ânimo dos companheiros timoratos, entre quatro paredes, sabendo que, em
derredor, se agigantava a trama das sombras.
Lá fora, Judas era atraído aos conchavos da deserção; sacerdotes confabulavam com
escribas e fariseus sobre o melhor processo de enganarem o povo, para que o povo
pedisse a morte d ™Ele; agentes do Sinédrio penetravam pequenos agrupamentos de rua
açulando contra Ele as forças da opinião; perseguidores desencarnados excitavam o
cérebro dos guardas que o deteriam no cárcere, e, quantos Lhe seguiam a atividade,
regurgitando ódio gratuito, prelibavam-Lhe o suplício…
Jesus, percuciente, não desconhecia a conspiração das trevas…
Entretanto, lícido e calmo, findo o entendimento com os irmãos de apostolado, dirige-seà
oraç ão no jardim, para, além da oração, confiar-se aos testemunhos supremos…
Não proc ures, assim fugirà luta que te afere o valor.
Aceita os desafios da senda, como quem se reconhece chamado a batalhar pela vitória
do bem, com a obrigação permanente de extinguir o mal em nós mesmos.
E não apeles para o Senhor como advogado da fuga calculada ao dever.
Lembra o Mestre que a ninguém prometeu avenidas de sonho e horizontes azuis na
Terra, mas, sim, convicto de que a tempestade das contradições humanas não poupariam
nem a Ele próprio, advertiu-nos, sensatamente:
– Não se vos turbe o coração .

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