164 – ASSEIO VERBAL

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Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe,
mas só a que for boa para promover a edificação. 
“ Paulo. (EFÉSIOS, 4:29)
Quanto mais se adianta a civilização, mais se amplia o cultoà higiene.
Reservatórios, são tratados, salvaguardando-se o asseio das águas.
Mercados sofrem fiscalização rigorosa, com vistasà pureza das substâncias alimentícias.
Laboratórios são continuamente revistos, a fim de que não surjam medicamentos
deteriorados.
Instalações sanitárias recebem, diariamente, cuidadosa assepsia.
Será que não dev emos exercer cautela e diligência para evitar a palavra torpe, capaz de
situar-nos em perturbação e ruína moral?
Nossa conversação, sem que percebamos, age por nós em todos aqueles que nos
escutam.
Nossas frases são agentes de propaganda dos sentimentos que nos caracterizam o modo
de ser; se respeitáveis, trazem-nos a atenção de criaturas respeitáveis; se menos dignas,
carreiam em nossa direção o interesse dos que se fazem menos dignos; se
indisciplinadas, nos sintonizam com representantes da disciplina; se azedas, afinam-nos,
de imediato, com os campeões do azedume,
Controlemos o verbo, para que não v enhamos a libertar essa ou aquela palavra torpe.
Por muito esmerada nos seja a educação, a expressão repulsiva articulada por nossa
língua é sempre uma brecha perigosa e infeliz, pela qual perigo e infelicidade nos
ameaçam com desequilíbrio e perversão.

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