O paralítico

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Certa feita, estando Jesus em Cafarnaum, a notícia correu e muitos se aglomeraram juntoà casa em que Ele estava.

Tantos eram os que desejavam ouvir Sua palavra, que não cabiam sequer juntoà porta.

Chegou, então, um paralítico, conduzido por quatro homens.

Não sendo possível a aproximação com o Messias, os condutores descobriram o telhado da residência.

Fizeram um buraco e baixaram o leito onde jazia o enfermo.

Jesus, vendo-lhes a fé, disse ao paralítico que seus pecados estavam perdoados.

Alguns escribas presentes se indignaram e O consideraram blasfemo.

Jesus lhes indagou o que era mais difícil: dizer que os pecados estavam perdoados ou mandar o paralítico andar.

Então, disse ao enfermo para se levantar e andar, o que ele imediatamente fez.

* * *

Essa passagem evangélica dá ensejo a oportunas reflexões.

Muitas pessoas confessam sua necessidade do Cristo.

Dizem desejar Sua paz e Seu conforto. Afirmam-se cansadas das dores e das ardências do mundo.

Mas, frequentemente, alegam obstáculos que lhes impedem a sublime aproximação.

Uns não conseguem tempo para a meditação. Outros experimentam certas inquietudes que lhes parecem intermináveis.

Há ainda os que se julgam prejudicados por familiares muito exigentes, que lhes tiram a paz.

Todavia, para que o homem se sinta na vizinhança psíquica do Mestre, precisa demonstrar legítimo interesse em Seus benefícios espirituais.

Deve estender a capacidade, dilatar os recursos próprios. Necessita marchar ao encontro do Divino Amigo, sob a luz da fé viva.

O Evangelho relata a decisão do paralítico.

Embora suas graves dificuldades de locomoção, ele cuidou de localizar a casa onde o Mestre estava. Observou-a plenamente sitiada pela multidão, mas não desanimou.

Sem poder se locomover, amparou-se no auxílio de amigos. Ante a dificuldade extrema, não hesitou em se fazer passar por pequeno buraco no teto.

Enfrentou os riscos da empreitada, firme em seu propósito. Por fim, conseguiu o contato com o Salvador.

Aproveitou fervorosamente o ensejo divino e se libertou de suas dores e limitações.

Quem deseja aproximar-se de Jesus necessita refletir sobre esse exemplo.

O mundo sempre apresenta alguns empecilhos para os tentames da espiritualização e da vivência cristã.

Essas dificuldades podem crescer nos caminhos humanos. Então, torna-se necessário contornar os obstáculos materiais. Dirigir-se ao Alto, com o amparo dos amigos espirituais.

Orar com fervor e confiança, decidido a fazer o necessário para se encontrar com o Mestre.

Aceitar, sem revolta, passar por apertos e provações. Seguir confiante até cair aos pés do Senhor Jesus.

Então, todos os obstáculos parecerão pequenos. Enfermidades e dores se desvanecerão, para sempre.

* * *

Jesus é o Bom Pastor. Ele conhece todas as ovelhas que o Pai lhe confiou e mantém olhos e ouvidos atentos sobre os filhos sofridos da Terra.

Pensemos nisso. Confiemo-nos ao Celeste Pastor das nossas vidas.

Redação do Momento Espírita, com base no cap. 118, do livro

Caminho, Verdade e Vida, pelo Espírito Emmanuel, psicografia de

Francisco Cândido Xavier, ed. Feb.

Em 26.10.2012.

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