Ele era um sábio. Muito adiante de todos os de Seu tempo, em conhecimentos e experiência, deixou lições imorredouras.
Falava por parábolas, tecendo um colar de pérolas, que deveria ser desfiado, no transcorrer do tempo.
Quão pouco ainda O conhecemos!
Narram as tradições espirituais que, quando se desprendeu a nebulosa terrestre do nícleo central do sistema, Jesus a recebeu em Suas mãos.
E, com zelo, dispôs todos os detalhes, a fim de que, transcorridos milênios, o homem pudesse aportar, com segurança, no planeta que lhe deveria servir de lar e escola.
Deliberou também a formação do seu satélite. A lua seria a âncora do equilíbrio terrestre nos movimentos de translação que o globo efetuaria em torno do sol.
Seria ainda o manancial de forças ordenadoras da estabilidade planetária. O planeta nascente necessitaria da sua luz polarizada, cujo suave magnetismo atua na criação e reprodução de todas as espécies, nos variados reinos da natureza.
Ele dispôs as camadas de ozônio a quarenta e a sessenta quilômetros de altitude da crosta, a fim de que pudessem filtrar devidamente os raios solares.
Definiu as linhas de progresso da Humanidade futura, estabelecendo a harmonia de todas as forças físicas que presidem ao ciclo das atividades planetárias.
Ninguém lhe viu as mãos augustas em todo o processo de preparação do futuro lar dos homens. Por isso, no transcorrer dos milênios, substituíram a Sua providência pela palavra natureza.
Contudo, foi Ele, em nome do Pai Criador, o Divino escultor das formas de vida e das belezas que, até hoje, extasiam o homem.
O homem, que estuda a biodiversidade marinha e descobre sempre novas e surpreendentes formas de vida. Seres estranhos, portadores de luminosidade própria, por viverem em zonas abissais, por exemplo.
O homem, que se dedica ao estudo da botânica e da zoologia, verificando a perfeição de todo o processo da criação, reprodução e manutenção das espécies.
O homem, que pesquisa e descobre, paulatinamente, os benefícios infindáveis oferecidos pela flora. Além da beleza dos matizes, da manutenção da cadeia reprodutora e alimentar, a extraordinária e benéfica ação farmacêutica.
Sim, foi Jesus, o Divino escultor, o Governador do planeta Terra quem, com os operários da espiritualidade, tudo planificou e tudo elaborou.
Ele, que fez a pressão atmosférica adequada ao homem, também estabeleceu os grandes centros de força da ionosfera e da estratosfera.
Pastor de todas as almas que lhe foram confiadas pelo Divino Pai, antecipou em milênios as providências para o estabelecimento da vida física na Terra.
* * *
Servindo-nos de tudo que Ele nos dispôs, a nós, homens, cabe o indeclinável dever de zelar pela nossa casa terrestre, não malbaratando os tesouros da vida que Jesus nos ofereceu, desde o princípio.
Especialmente, preservando o meio ambiente em que nos movemos e do qual nos servimos, para a jornada de progresso na presente e nas futuras encarnações.
E, mais do que tudo, ante as convulsões que observamos nos dias presentes, ter a certeza de que Ele, o Excelso Mestre e Condutor dos nossos destinos, vela de forma incansável.
Lembremos: Jesus está no leme da grande nau chamada Terra.
Redação do Momento Espírita,com base no
cap. 1, do livro A caminho da Luz, pelo
Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco
Cândido Xavier, ed. FEB.
Em 16.12.2013.