Quer você, prezada Zina, Dar-se ao desquite comum, No entanto, você deseja Agir sem remorso algum.
E afirma: “Diga, Cornélio, Diga o que posso fazer, Tenho a mente atribulada Entre a vontade e o dever.
Além de esposa, sou mãe…
Tenho dois filhos em casa…
Mas o marido infiel É a provação que me arrasa!…
Dos ensinos de outro mundo, Dê-me alguma diretriz, Acolha fraternalmente O apelo desta infeliz!…” Não se sinta, minha irmã, Desditosa ou desprezada, Lembre: o Sol abraça a todos, Do monte às pedras da estrada.
Na essência, prezada Zina, O caso é assim, qual se vê: Qualquer deliberação Pertence, em tudo, a você.
Sociedades e grupos São destinados, ao Bem, Deus não cria mal nenhum, Nem cativeiro a ninguém.
Mas Deus nos fez de tal modo Que a Lei, por todos os lados, Emancipa as decisões, E analisa os resultados.
Se possível, entretanto, Estude esta simples nota: Quase sempre o esposo é um filho Que a esposa protege e adota.
Muita vez antes do berço, Pedimos no Grande Além, Enlace em luta na Terra Em favor da paz de alguém.
O Céu nos ouve o pedido, Tornamos à vida nova, Querendo agir por servir, Nosso amor é posto à prova.
Com atender à tarefa Sem o sacrifício no lar? Amor é somente amor, Nada tem a reclamar.
De outras vezes, ligação Em fogo, martírio e chaga, É o resgate progressivo Do débito que se paga.
Em toda prova, no entanto, O amor é uma luz sublime, No trabalho, faz-se escola, No sofrimento, redime.
Querida irmã, pense nisso: Amor é abnegação, Insista no amor. Não Fuja Aos laços do coração.
Esp.: Cornélio Pires Psicografia : Francisco Cândido Xavier Livro: Conversa Firme – Pág.80 – Cap. 11