103 – NO DOMÍNIO DAS PROVAS

Imaginemos um pai que, a pretexto de amor, decidisse furtar um filho querido de toda relação com os reveses do
mundo.
Semelhante rebento de tal devoção afetiva seria mantido em sistema de exceção.
Para evitar acidentes climáticos inevitáveis, descansaria exclusivamente na estufa, durante a fase de berço e, posto a
cavaleiro de perigos e vicissitudes, mal terminada a infância, encerrar-se-ia numa cidadela inexpugnável, onde somente
prevalecesse a ternura paterna, a empolgá-lo de mimos.
Não freqüentaria qualquer educandário, a fim de não aturar professores austeros ou sofrer a influência de colegas que
não lhe respirassem o mesmo nível, alfabetizado, assim no reduto doméstico, apreciaria unicamente os assuntos e heróis
de ficção que o genitor lhe escolhesse.
Isolar-se-ia de todo contato humano para não arrostar problemas e desconheceria todo o noticiário ambiente para não
recolher informações que desfigurassem a suavidade interior.
Candura inviolável e ignorância completa.
Santa inocência e inaptidão absoluta.
Chega, porém, o dia em que o progenitor, naturalmente vinculando a interesses outros, se ausenta compulsóriamente do
lar e, tangido pela necessidade, o moço é obrigado a entrar na corrente da vida comum.
Homem feito, sofre o conflito da readaptação, que lhe rasga a carne e a alma, para que se lhe recupere o tempo perdido
e o filho acaba enxergando insânia e crueldade onde o pai supunha cultivar preservação e carinho.
A imagem ilustra claramente a necessidade da encarnação do espírito nos mundos inumeráveis de imensidade cósmica,
de maneira a que se lhe apurem as qualidades e se lhe institua a responsabilidade na consciência.
Dificuldades e lutas semelham materiais didáticos na escola ou andaimes na construção, amealhada a cultura ou
levantando o edifício, desaparecem uns e outros.
Abençoemos, pois, as disciplinas e as provas com que a Infinita Sabedoria nos acrisolam as forças, enrijando-nos o
caráter.
Ingenuidade é predicado encantador na personalidade, mas se o trabalho não a transfigura em tesouro de experiência,
laboriosamente adquirido, não passará de flor preciosa a confundir-se no pó da terra, ao primeiro golpe de vento.

Espírito: EMMANUEL
Médium: Francisco Cândido Xavier
Livro: “Livro da Esperança” – Edição CEL

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