Samuel, espírito em psicografia Contribuição de Pedro
Ninguém está sozinho na vida.
Não fazemos referência, com isso, a família material, ou aos amigos que fazemos em nossa atual trajetória material.
A quantidade de relações nascidas das nossas experiências pretéritas é enorme, e grande parte constitui a denominada “família espiritual”.
Naturalmente, forjamos também desafetos, aos quais causamos prejuízos consciente ou inconscientemente.
Estes, não conseguindo superar as pedras do ódio, ali estacionam, aguardando-nos como numa trincheira, até aparecermos e lhes proporcionarmos a natural vinculação.
Atraídos, rememoram de sofrer aquelas situações dolorosas, desarquivando os dramas de ontem, o que lhes movimenta energias de ódio.
Afastados dos amores dos tempos idos, em função das próprias desarmonias, creditam todas as suas dores agora na atual vítima, que presa nessa algema magnética passa a sofrer o assédio permanente.
A obsessão é problema de grande complexidade.
Quebrar este quadro é tarefa de paciência e perseverança, além de necessitar contar com atitudes conscientes do atual perseguido, demonstrativas de suas mudanças emocionais.
Dessa forma, não nos iludamos quanto às dificuldades a serem enfrentadas, constatada a problemática.
Busquemos orar e aconselhar, na medida do possível, tentando demover um enfermo da vindita contra o outro enfermo, sem a intervenção da força ou ameaça de qualquer natureza.
Se trabalhamos com esses dramas, dentro da seara espírita, sejamos pacientes e tolerantes, e procuremos nos colocar também na posição daquele que persegue, sem com isso o fortalecer, mas para entender a profundidade das raízes que trazem do passado a seiva amarga que agora purga.
Samuel, espírito
(Página psicografada em 18 de junho de 2019, na Sociedade Legião Espírita de Porto Alegre, RS, por Alberto Sampaio. Apoio de Pedro Fagundes Azevedo)
