AMOR A DOIS – Horizontes da Mente – Miramez 5/5 (2)

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O amor é assunto sagrado para os homens, tanto quanto é o instinto de vida para os animais e a lei para as coisas que nos servem.

Ninguém vive sem amar.

As criaturas têm carência de afetividade, tanto ou muito mais que de alimento para o corpo físico, pois ele é alimento dos mais qualificados para a alma.

No entanto, as suas divisões são inúmeras, de acordo com as necessidades.

Aqui, tratamos mais acentuadamente do amor a dois.

É justo que esse amor seja um pouco diferente do amor universalizado, do amor de pais com filhos e filhos com pais, do amor aos enfermos, do amor aos parentes, do amor â Terra, do amor às plantas e do amor aos animais.

E, assim, sucessivamente.

No amor a dois, tem que existir um pouco de egoísmo, mas aquele tão fraco que perde seu significado comum, porque cede um pouco para o dever.

Assemelhase, nesse caso, à água para matar a sede: quente, é insuportável; solidificada, não serve; fria, é adequada.

No amor a dois, tem de haver um pouco de ciúme, mas aquele que não escandaliza, que não se faz acompanhar pelo ódio e pela vingança, que não maltrata, que não perturba.

Aquele em que a ponderação faz perder a ferocidade e alivia a tensão, sendo, apenas, vigilância.

Ele é como todos os alimentos: com excesso, fazem-nos mal.

Todos os venenos são medicamentos, muitas vezes indispensáveis, dependendo da dosagem que se toma.

Não pode existir amor no lar, quando os dois não querem amor e terminou o interesse de um pelo outro.

O mais evoluído tem a grande saída da renúncia, desde que essa renúncia não esteja salpicada do insulto, das reclamações, das vibrações de rancor, alimentando a vingança enjaulada no coração, para que um dia solte a fera, a devorar a pequena paz que ainda reste.

Essa renúncia também passa a perder o seu nome sagrado e retorna a forma de egoísmo prepotente.

É bom que nos certifiquemos de uma coisa: esta mós, encarnados e desencarnados, viajando na Terra, fazendo um curso nela.

E ainda não é tempo de gozarmos a felicidade que, por enquanto, não construímos.

Podereis encontrar em vossa esposa uma inimiga do passado, pessoa a quem deveis bastante, ou por quem tenhais sido prejudicado.

Reunidos como cônjuges em um lar, é a melhor oportunidade de saldardes as dívidas, tranquilizando as consciências.

O vosso dever é fazer a vossa parte.

Sendo amado ou não, amai com sinceridade.

Se o vosso amor está mal interpretado pela vossa companheira, modificai-o de modo a agradá-la.

Ele é qual o líquido que toma a forma da vasilha.

E, se as bênçãos de Deus vos deu uma esposa, ou um esposo, coerente em tudo que se refere à vida a dois, aperfeiçoai esse amor, purificai-o, fazendo dos corações reatores divinos, para que possais, em outra dimensão, estendê-lo aos filhos, parentes e companheiros, e por vezes, à humanidade.

Ganhai tempo, pelo tempo que vos deram e enriqueça! no beneplácito do amor, compreendendo que somente ele libera as criaturas da prisão da ignorância.

Não exijais compreensão da pessoa que vive convosco.

Emprestai a vossa.

Em todos os lances da vida, o exemplo é nota harmoniosa em qualquer instrumento humano.

Sede útil à pessoa que amais sem quererdes anunciar vossos feitos, procurando gratidão.

, Isso é troca que não condiz com a caridade.

Não vos – 122 – impacienteis de trabalhar em silêncio, em favor dos outros, principalmente de quem vos pertence pelo amor.

Nada que se faz fica escondido.

No entanto, se tilintar o gazofilácio da vaidade, podereis perder o vosso trabalho valioso, porque desfigurais a dignidade da beneficência.

Se ainda temeis fazer o bem, sem que os outros saibam, é porque não confiais nos preceitos do Mestre, nas leis de Deus.

Tende fé, meu filho, alimentai a confiança, e nunca percais a alegria de ser útil, principalmente àqueles que vivem convosco.

O amor a dois, quando correspondido e firmado pelo tempo, é a porta pela qual poderemos entrar para a verdadeira felicidade do futuro.

É ele que carimba o nosso amor para a universalidade.

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