Já antes de Alexandre Magno, Júlio César e Gengis Khan,
assim como depois de Napoleão, Mussolini e Hitler, o que vale
dizer, desde as mais priscas eras até os nossos dias, aqui, ali e
acolá, a violência foi e continua sendo o meio utilizado pelos
homens para o domínio deste mundo, inclusive dos seres que o
habitam.
As ideias — políticas, filosóficas ou religiosas — igualmente
hão sido impostas, muitas vezes pela força, custando isso à
Humanidade um sacrifício de vidas não menor que o causado
pelas guerras de conquista.
No campo da economia, então, os gananciosos sem escrúpulos,
quantos recursos opressivos não empregam para conseguir o
enriquecimento rápido, indiferentes ao sofrimento das multidões,
vítimas indefesas de suas manobras altistas?
Mesmo nas instituições e no recesso dos lares, homens há que,
para ocuparem os primeiros lugares ou poderem dizer “aqui
mando eu”, não titubeiam em constranger companheiros e
tiranizar familiares, pondo em evidência o espírito belicoso que os
caracteriza.
Sim, até agora a Terra tem sido açambarcada pelos violentos,
em dano para os mansos e cordatos.
Tempos virão, entretanto, em que as relações humanas dos
terrícolas serão bem outras.
Sob o império do amor universal pregado pelo Cristo, cada qual
verá em seu semelhante um irmão, cujos direitos lhe cumpre
respeitar, e não um adversário contra o qual deva lutar; o egoísmo
cederá lugar ao altruísmo, de sorte que todos se auxiliarão
mutuamente em suas necessidades; e porque ninguém cuidará de
elevar-se sobre os outros, mas sim de superar-se a si mesmo, em
saber e moralidade, os fracos e os pacíficos já não serão
esmagados nem explorados, inexoravelmente, como estamos
habituados a presenciar.
Os céticos talvez imaginem que tal progresso demande ainda
muitos e muitos séculos para tornar-se uma realidade entre nós.
Sem dúvida, milagres não acontecem, e lenta, muito lenta, tem
sido a evolução da Humanidade.
Nosso mundo, porém, está fadado a passar por profundas
transformações, físicas e sociais, que o tornem uma estância mais
ditosa, e, segundo revelações de entidades amigas do “lado de lá”,
um processo de expurgo e seleção já se acha em curso, devendo
intensificar-se cada vez mais.
Por esse processo, todos quantos se não afinem com a nova
ordem de coisas a ser estabelecida aqui na Terra sofrerão a
desencarnação em massa através de eventos diversos, sendo
atraídos para outros mundos, cujas condições de primitivismo
estejam em conformidade com seus instintos e maus pendores,
onde permanecerão até que se regenerem e façam jus a melhor
destino.
A partir do terceiro milênio, passarão a reencarnar neste mundo
apenas as almas que hajam demonstrado firmeza no bem, e, livres
daqueles que lhes quebravam a harmonia, conhecerão uma nova
era de paz e de felicidade, concretizando-se, assim, a promessa do
Cristo: “Bem-aventurados os mansos, porque eles possuirão a
terra”.
(Mateus, 5:4.
)