BEM-AVENTURADOS OS MANSOS… – Rodolfo Calligaris – O Sermão da Montanha 5/5 (1)

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Já antes de Alexandre Magno, Júlio César e Gengis Khan,

assim como depois de Napoleão, Mussolini e Hitler, o que vale

dizer, desde as mais priscas eras até os nossos dias, aqui, ali e

acolá, a violência foi e continua sendo o meio utilizado pelos

homens para o domínio deste mundo, inclusive dos seres que o

habitam.

As ideias — políticas, filosóficas ou religiosas — igualmente

hão sido impostas, muitas vezes pela força, custando isso à

Humanidade um sacrifício de vidas não menor que o causado

pelas guerras de conquista.

No campo da economia, então, os gananciosos sem escrúpulos,

quantos recursos opressivos não empregam para conseguir o

enriquecimento rápido, indiferentes ao sofrimento das multidões,

vítimas indefesas de suas manobras altistas?

Mesmo nas instituições e no recesso dos lares, homens há que,

para ocuparem os primeiros lugares ou poderem dizer “aqui

mando eu”, não titubeiam em constranger companheiros e

tiranizar familiares, pondo em evidência o espírito belicoso que os

caracteriza.

Sim, até agora a Terra tem sido açambarcada pelos violentos,

em dano para os mansos e cordatos.

Tempos virão, entretanto, em que as relações humanas dos

terrícolas serão bem outras.

Sob o império do amor universal pregado pelo Cristo, cada qual

verá em seu semelhante um irmão, cujos direitos lhe cumpre

respeitar, e não um adversário contra o qual deva lutar; o egoísmo

cederá lugar ao altruísmo, de sorte que todos se auxiliarão

mutuamente em suas necessidades; e porque ninguém cuidará de

elevar-se sobre os outros, mas sim de superar-se a si mesmo, em

saber e moralidade, os fracos e os pacíficos já não serão

esmagados nem explorados, inexoravelmente, como estamos

habituados a presenciar.

Os céticos talvez imaginem que tal progresso demande ainda

muitos e muitos séculos para tornar-se uma realidade entre nós.

Sem dúvida, milagres não acontecem, e lenta, muito lenta, tem

sido a evolução da Humanidade.

Nosso mundo, porém, está fadado a passar por profundas

transformações, físicas e sociais, que o tornem uma estância mais

ditosa, e, segundo revelações de entidades amigas do “lado de lá”,

um processo de expurgo e seleção já se acha em curso, devendo

intensificar-se cada vez mais.

Por esse processo, todos quantos se não afinem com a nova

ordem de coisas a ser estabelecida aqui na Terra sofrerão a

desencarnação em massa através de eventos diversos, sendo

atraídos para outros mundos, cujas condições de primitivismo

estejam em conformidade com seus instintos e maus pendores,

onde permanecerão até que se regenerem e façam jus a melhor

destino.

A partir do terceiro milênio, passarão a reencarnar neste mundo

apenas as almas que hajam demonstrado firmeza no bem, e, livres

daqueles que lhes quebravam a harmonia, conhecerão uma nova

era de paz e de felicidade, concretizando-se, assim, a promessa do

Cristo: “Bem-aventurados os mansos, porque eles possuirão a

terra”.
(Mateus, 5:4.
)

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