8 OS DESENCARNADOS – OS ORIENTADORES – DIÁLOGO COM AS SOMBRAS HERMÍNIO C. MIRANDA

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Sempre que um grupo de pessoas se reúne para trabalho de natureza mediúnica, um grupo correspondente de Espíritos se aproxima.
Todos nós temos, no mundo espiritual, companheiros, amigos e guias, tanto quanto desafetos e obsessores em potencial ou em atividade.
Teremos que aprender a trabalhar com ambos os grupos.

Não vamos conviver apenas com aqueles que vêm para ajudar-nos, e nem seria esta a finalidade de um grupo que se prepara para a difícil tarefa da desobsessão.
Além disso, não podemos esquecer-nos de que somos todos irmãos, apenas distribuídos em diferentes estágios evolutivos.
Enquanto alguns se acham à nossa frente, por terem caminhado um pouco mais do que nós, outros nos seguem um passo ou dois atrás.
É da lei universal da fraternidade que todos se apóiem mutuamente, para chegarem à paz interior, que é o reino de Deus em cada qual.

Falemos primeiro dos irmãos que vêm nos ajudar a servir.

É sempre um momento de emoção a primeira reunião mediúnica de um grupo.
Os resultados podem não ser espetaculares — e geralmente não o são mesmo — porque os companheiros incumbidos da nossa orientação ainda estão trabalhando nos ajustes e nos testes, como o maestro competente que verifica se todos os instrumentos estão perfeitamente afinados.
Se o grupo já dispõe de um ou mais médiuns desenvolvidos, é certo que um Espírito amigo se manifeste, para as primeiras palavras de estímulo e encorajamento.

Nessa altura, é raro que tenhamos conhecimento da natureza do trabalho que pretendam realizar conosco.
É certo, porém, que eles já dispõem de um plano, muito bem estudado, compatível com as forças e possibilidades dos trabalhadores encarnados.
Os Espíritos sempre nos dizem que precisam de nós para determinadas tarefas, que somente podem ser desenvolvidas com o concurso da mediunidade, ou seja, em contacto com o ser humano encarnado.

Em “Reformador” de fevereiro de 1975, no artigo intitulado “A Doutrinação: variações sobre um tema complexo”, lembrei os preciosos esclarecimentos colhidos no livro “Memórias de um Suicida”, que devemos à abençoada mediunidade de Yvonne A.
Pereira.

Tornara-se imperioso encontrar um grupo de médiuns em condições de socorrerem Espíritos de suicidas:

“Chegara a um “impasse” o processo de recuperação.
A despeito do desvelo e competência dos técnicos e mentores da organização espiritual especializada no tratamento dos suicidas, um grupo deles se mantinha irredutivelmente fixo nas suas angústias.
Os casos estavam distribuídos, segundo sua natureza, a três ambientes distintos: o hospital propriamente dito, o isolamento e o manicômio.
Uns tantos desses, porém, “permaneciam atordoados, semi-inconscientes, imersos em lamentável estado de inércia mental, incapacitados para quaisquer aquisições facultativas de progresso”.
Tornara-se, pois, urgente despertá-los para a realidade que se recusavam, mais inconsciente do que conscientemente, a enfrentar.
Trata-se aqui de um conhecido mecanismo de fuga defensiva.
Inseguro e temeroso diante da dor que ele sabe ser aguda, profunda e inexorável, o Espírito culpado se aliena, na esperança de pelo menos adiar o momento duro e fatal do despertamento.
Em casos como esses é necessário, quase sempre, recorrer à terapêutica da mediunidade.
O Espírito precisa retomar a sua marcha e o recurso empregado com maior eficácia é o do choque, a que o autor de “Memórias de um Suicida” chama de “revivescência de vibrações animalizadas”.
Habituados a tais vibrações mais grosseiras, mostravam-se eles inatingíveis aos processos mais sutis de que dispõem os técnicos do Espaço.
Para que fossem tocados na intimidade do ser, era preciso alcançá-los “através da ação e da palavra humanas -Como estavam, não entendiam a palavra dos mentores e nem mesmo os distinguiam visualmente, por mais que estes reduzissem o seu teor vibratório, num esforço considerável de automaterialização.


É para esse trabalho que os mentores espirituais solicitam o concurso dos encarnados, que se torna, em muitos casos, insubstituível, como vimos.
Não sabemos, pois, ao iniciar uma atividade mediúnica, que tipo de tarefa nos será atribuida; podemos estar certos, não obstante, de que os orientadores espirituais do grupo somente nos trarão encargos que estejam ao nosso alcance.
Sem dúvida alguma, já estudaram nossas possibilidades e intenções.

“Memórias de um Suicida” nos fala dos longos e cuidadosos preparativos, conduzidos no mundo espiritual, como preliminares à tarefa mediúnica propriamente dita.
É preciso localizar um grupo que ofereça as condições de segurança e amparo de que necessitam os Espíritos transviados.

“Na Seção de Relações Externas — prossegue o mencionado artigo de “Reformador” — são consultadas as indicações sobre grupos espíritas que possam oferecer as condições desejadas para o delicado trabalho.


E mais adiante:

“Verifica-se a existência de grupos em Portugal, na Espanha e no Brasil.
Decide-se por este último e, em seguida, são examinadas as “Fichas espirituais dos médiuns” que compõem os grupos

sob exame.
” (Destaque desta transcrição.
)

Por aí se vê que os nossos grupos e os nossos médiuns se acham meticulosamente catalogados nas organizações do Espaço.
Convém acrescentar que registros semelhantes — obviamente para outras finalidades — existem também nos redutos trevosos.

Por várias vezes tive a oportunidade de testemunhar pessoal-mente essa realidade.
Espíritos desarmonizados informaram-me que estávamos sendo rigorosamente observados e estudados.
Nossos menores gestos e palavras eram como que filmados e gravados para exame e debate, mais tarde, nas cúpulas administrativas do mundo das sombras, a fim de melhor nos conhecerem e poderem planejar a estratégia a ser usada contra nós.
Certa vez, um Espírito, particularmente agressivo e desesperado, dirigia-se, de quando em quando, à sua equipe invisível e recomendava:

— Gravem isto!

Ou então:

— Gravaram aí o que ele disse?

Não alimentemos, pois, ilusões.
Contamos com a ajuda e o apoio de companheiros bem esclarecidos e competentes, mas precisamos oferecer-lhes um mínimo de condições.

São enormes as responsabilidades desses amigos invisíveis, e as qualificações exigidas, para as tarefas que desempenham junto a nós, são rígidas.
Poderíamos dizer que cada grupo tem os guias e protetores que merece.
Se o grupo empenha-se em servir desinteressadamente, dentro do Evangelho do Cristo, escorado na Doutrina Espírita, disposto a amar incondicionalmente, terá como apoio e sustentação uma equipe correspondente, de companheiros desencarnados do mais elevado padrão espiritual, verdadeiros técnicos da difícil ciência da alma.

O trabalho desses amigos é silencioso e sereno.
A competência costuma passar despercebida, porque parece muito fácil fazer aquilo que aprendemos a fazer bem.
Quando vemos um operário altamente qualificado na sua especialidade, ou um desportista bem treinado, experimentamos o prazer de contemplar os gestos bem medidos, a suave facilidade com que se desempenham.
Lembremo-nos, porém, do seu longo período de adestramento, de estudo, de renúncia, e das suas cansativas horas de trabalho monótono, de repetição e correção.

Assim são os companheiros que nos amparam.
Apresentam-se, muitas vezes, com nomes desconhecidos, falam com simplicidade, são tranqüilos, evitam dar ordens, negam-se a impor condições.
Preferem ensinar pelo exemplo, discorrendo sobre a anatomia do trabalho, diante do corpo vivo do próprio trabalho.
São modestos e humildes, mas revestem-se de autoridade.
Amorosos, mas firmes, leais e francos.
Aconselham, sugerem, recomendam e põem-se de lado, a observar.
Corrigem, retificam e estimulam.
Sua presença é constante, ao longo de anos e anos de dedicação.
Ligados emocionalmente a nós, às vezes de antigas experiências reencarnatórias, trazem-nos a ajuda anônima de que precisamos para dar mais um passo à frente.
Voltam sob seus passos, para estender-nos a mão, a fim de que, a nosso turno, possamos ajudar aqueles que se acham caídos pelos caminhos.
Inspiram-nos através da intuição, acompanham-nos até mesmo no desenrolar de nossas tarefas humanas.
Guardam, porém, o cuidado extremo de não interferir com o mecanismo do nosso livre-arbítrio, pois não se encontram ao nosso lado para resolver por nós os nossos problemas, mas para dar-nos a solidariedade do seu afeto.
Mesmo no trabalho específico do grupo, interferem o mínimo possível, pois sabem muito bem que o Espírito desajustado precisa de ser abordado e tratado de um ponto de vista ainda bem humano.
Se fosse possível resolver suas angústias no mundo espiritual, não precisariam trazê-los até nós.

Essa mesma técnica foi usada com o próprio Allan Kardec.
Poderiam os Espíritos Superiores, que se incumbiram de transmitir os fundamentos da Doutrina aos homens, simplesmente ditar os livros que expusessem as linhas mestras do pensamento doutrinário.
Não foi assim que fizeram, e isso teria sido, talvez, mais fácil.
Preferiram colocar-se à disposição de Kardec, para que ele formulasse as perguntas, de uma óptica essencialmente humana.
Os ensinamentos destinavam-se aos homens, e caberia aos homens, portanto, colocar as questões, de seu próprio ponto de vista, de forma que as respostas viessem já acomodadas às estruturas do pensamento do ser encarnado.

A tarefa dos grupos mediúnicos de desobsessão apôia-se nos mesmos princípios, pois também é trabalho de cooperação e entendimento entre os dois planos da vida.
Os benfeitores espirituais não vão ditar um breviário de instruções minuciosas.
É preciso que fique margem suficiente para a iniciativa de cada um, para o exercício do livre-arbítrio, para que tenhamos o mérito dos acertos, tanto quanto a responsabilidade pelos erros cometidos.
Em suma, os Espíritos não nos tomam pela mão, mas não deixam de apontar-nos o caminho e seguir-nos amorosamente.

Não desejam, de forma alguma, que nos tornemos dependentes deles, para qualquer passo que tenhamos de dar.
Dificilmente nos dizem o que fazer, ante duas ou mais alternativas.
Devemos ou não acolher um companheiro que se propõe a trabalhar conosco? Devemos ou não excluir outro, que não está se entrosando? São problemas nossos, e temos que resolvê-los dentro do contexto humano, segundo nosso entendimento e bom senso.
A função dos orientadores espirituais mais responsáveis não é ditar normas.
Mesmo com relação à essência do trabalho, limitam-se a aconselhar e sugerir, mas não impõem a sua vontade.
E se insistimos em seguir pelas trilhas que nos afastam do roteiro da verdade e da segurança, não nos faltarão com suas advertências amigas, mas nos deixarão palmilhar os caminhos da nossa preferência.
Só que, por esses atalhos, não poderemos continuar contando com o mesmo tipo de apoio e sustentação.
Haverão de nos seguir a distância, amorosos e apreensivos, mas respeitando nossas decisões, mesmo erradas.

Jamais nos recomendam ritos especiais, nem nos obrigam a fórmulas dogmáticas rígidas e insubstituíveis, como preces exclusivas, ou simbolos místicos e vestimentas características.

Nada temos contra os grupos que seguem tais recomendações, sob orientação de seus companheiros desencarnados.
Podem ser bem-intencionados e realizar trabalhos de valor, com êxito, mas não são grupos integrados na Doutrina Espírita, entendendo-se como tal a Doutrina contida nos livros básicos da Codificação Kardequiana.
Merecem todo o nosso respeito e carinho; nossa experiência ensina, não obstante, que podem realizar o mesmo tipo de trabalho, ou melhor ainda, sem necessidade de recorrer a práticas exteriores de suporte.
O suporte de que os grupos mediúnicos necessitam vem do mundo espiritual superior, onde qualquer exteriorização voltada para os aspectos materiais é dispensável.
Nada, pois, de velas, simbolos, imagens, ritos ou vestes especiais.
Não é preciso.
E se um companheiro começar a recomendar tais processos, podemos tranqüilamente dissuadi-lo, com bons modos, éclaro, mas com firmeza.

*

Os amigos espirituais que se incumbem de orientar o grupo raramente revelam toda a extensão de suas responsabilidades e encargos.
Somente a observação atenta, no decorrer de muito tempo de trabalho, permite-nos avaliar parcialmente a importância de suas presenças junto de nós.

Geralmente fazem parte de amplas organizações socorristas, que se incumbem de orientar e assistir inúmeros grupos, onde se reúnem pessoas de boa-vontade, ainda que de limitados recursos.

O trabalho que nos trazem obedece a planejamentos cuidadosos, cuja vastidão e seriedade nem podemos alcançar, para entender.
Todo o seu esforço é conjugado com o de outros Espíritos, encarnados e desencarnados.
São eles os preparadores das tarefas específicas do grupo, e são eles que se incumbem de dar continuidade ao serviço, depois que o Espírito necessitado é atendido.
Sabemos muito bem que a maior parte do trabalho, a mais delicada e de maior responsabilidade, é feita no mundo espiritual.
Os Espíritos desarvorados, seja por que razão for, já vêm para a manifestação mediúnica com um certo preparo prévio.
Os benfeitores espirituais é que se incumbiram de localizá-los e desalojá-los de suas posições, muitas vezes tidas por inexpugnáveis, para trazê-los até nós.
Inúmeros recursos são utilizados para isso.
Técnicas de magnetização e persuasão, ainda desconhecidas de nós, são aplicadas com enorme competência e sentimento da mais funda fraternidade.
Freqüentemente, os Espíritos atormentados nem sabem por que se acham numa sessão, falando através de um médium.
Ignoram como foram trazidos, ou se dizem convidados, julgando que vieram por livre e espontânea vontade.
Muitas vezes admitem estar constrangidos, contidos, sob controle, mas não sabem de onde vem a força que os contém.

Os benfeitores assistem à sessão, socorrem-nos com seus recursos, nos momentos críticos, fazem pequenas recomendações ou dão indicações sumárias, através da intuição ou da mediunidade ostensiva de algum companheiro.
De outras vezes, em casos mais difíceis, incorporam-se em outro médium, para ajudar no trabalho de doutrinação ou de passes.

Encerrada a sessão, cabe-lhes recolher os companheiros aflitos, estejam ou não despertados para a realidade maior.

Os Espíritos arrependidos e dispostos à recuperação são levados a centros de reeducação e tratamento, e entregues a outras equipes espirituais, já adestradas para esse tipo de encargo, enquanto a tarefa no grupo mediúnico prossegue.

Durante a noite, enquanto adormecemos no corpo físico, nossos Espíritos, desprendidos, parcialmente libertos, juntam-se aos benfeitores, para o preparo das futuras tarefas mediúnicas.
Descemos, com eles, às profundezas da dor e, muitas vezes, realizamos, com eles, autênticas sessões em pleno Espaço, para o tratamento preliminar de companheiros já selecionados para a experiência mediúnica, ou irmãos que, já atendidos por nós, necessitam, mais do que nunca, de assistência e amparo, para as readaptações e o aprendizado que os levará à reconstrução de suas vidas, desde o descondicionamento a dolorosas e lamentáveis concepções, até o preparo de uma nova encarnação.

Cabe às equipes de esclarecidos companheiros desencarnados todo esse trabalho invisível, do qual participamos, às vezes, como figuras sempre secundárias, em nossos desprendimentos.

O nível espiritual e o “status” moral desses companheiros revela-se na sua maneira de agir e falar.
Temos que aprender a formular sobre eles o nosso próprio juízo.
Com algum tempo de vivência na tarefa mediúnica, estaremos em condições de fazê-lo com relativa segurança, se nos mantivermos atentos e vigilantes.
O grupo bem orientado, e sustentado pela prece, pelo conhecimento doutrinário e pela prática evangélica, contará sempre com o apoio de companheiros desencarnados esclarecidos.
Isto não quer dizer, porém, que deveremos aceitar tudo quanto nos vem do mundo espiritual, sem análise critica.
A Doutrina Espírita não recomenda a aceitação cega de coisa alguma; ao contrário, incentiva-nos a tudo examinar, para acolher apenas o que a razão sancionar.
Os Espíritos esclarecidos não se aborrecem nem se irritam com esses cuidados, que entendem necessários.
É preciso, entretanto, não cair no extremo oposto de tratar qualquer companheiro espiritual com aspereza e desconfiança injustificáveis.
Ao cabo de algum tempo de convivência, formulado o juízo sobre os nossos orientadores, saberemos identificá-los e conheceremos seus métodos de ação.
A delicadeza do trabalho e seu ponto crítico estão exatamente nesse balanceamento entre vigilância e confiança.
Sem um perfeito entendimento entre as equipes encarnada e desencarnada, é impraticável um trabalho produtivo e positivo.
Temos que buscar o terreno comum da harmonização e da integração, o que não é o mesmo que aceitar tudo sem exame.

Essa vigilância, insistimos, é indispensável.
Se o grupo trans-via-se, e vai insensivelmente afastando-se das boas práticas doutrinárias, fica entregue à sua própria sorte.
Esse é o momento em que outros companheiros desencarnados se aproximam, para substituir os mais esclarecidos.
Em casos assim, poderão tentar assumir também a identidade dos que se afastaram.
Não nos esqueçamos de que todos os métodos são válidos para aqueles que se enquistaram no transviamento moral.
Se não estivermos atentos, nem sentiremos a mudança, e, dentro em pouco, estaremos inteiramente dominados, exatamente por aqueles que se opõem aos nossos planos, envolvidos numa vasta e bem urdida mistificação, quando não desarvorados também, com o grupo em vias de desagregação, e até obsidiados ou fascinados por Espíritos que se apresentam com nomes importantes.

*

Os orientadores do grupo geralmente dirigem uma breve palavra de saudação, no princípio da reunião, e uma ou outra recomendação sumária.
Fazem isso mais para marcar sua presença, como se desejassem simplesmente dizer: “Estamos aqui, amigos.
Não temam.


Durante o desenrolar dos trabalhos, portam-se com discrição e serenidade, interferindo o mínimo possível, sem, no entanto, deixarem de nos proporcionar toda a assistência de que necessitamos.

Em casos extremos podem provocar a contenção do manifestante, com seus recursos magnéticos, ou incorporarem-se para um diálogo mais direto com o Espírito, mas isto não é comum.

Ao final da sessão, cessado o trabalho de atendimento aos sofredores, comparecem para uma palavra de estímulo e de consolo.
É esta a mensagem que, se possível, deve ser gravada, porque contém, usualmente, preciosos esclarecimentos acerca dos trabalhos, em particular, e sobre a Doutrina, em geral.

Nenhum trabalho mediúnico sério é possível sem o apoio desses dedicados e muitas vezes anônimos companheiros, que, situados, quase sempre, em planos muito superiores aos nossos, concordam em voltar sobre seus passos e vir nos estender as mãos generosas e seguras.
A colaboração que lhes emprestamos é mínima, em relação à que eles nos oferecem.
Fazem muito mais por nós do que nós por eles.
E tudo no silêncio e na segurança daqueles que não buscam reconhecimento nem aplausos.

Se tiverem que nos transmitir alguma instrução específica, utilizar-se-ão preferentemente do tempo destinado à comunicação inicial.

“Essa medida — escreve André Luiz, em “Desobsessão” —é necessária, porqüanto existem situações e problemas, estritamente relacionados com a ordem doutrinária do serviço, apenas visíveis a ele, e o amigo espiritual, na condição de condutor do agrupamento, perante a Vida Maior, precisará dirigir-se ao conjunto, lembrando minudências e respondendo a alguma consulta ocasional que o dirigente lhe queira fazer, transmitindo algum aviso ou propondo determinadas medidas.


A consulta não deverá descambar para assuntos de natureza puramente pessoal, mas cingir-se às tarefas específicas do grupo, Quando a orientação pessoal tornar-se imperiosa, os companheiros desencarnados usualmente tomarão a iniciativa de dizer uma palavra de esclarecimento e ajuda.
As perguntas deverão ser formuladas de maneira sintética, e objetivamente, para não tomar tempo às tarefas de atendimento.
Não devemos tentar envolver os orientadores espirituais em problemas que estejamos em condições de resolver com os nossos próprios recursos.

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