Desapareceram documentos e objetos de valor que talvez te abastecessem de recursos
materiais para muito tempo.
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Perdeste a oportunidade de garantir uma pensão sólida nos dias do futuro em que teu corpo,
talvez, não mais te auxiliasse a trabalhar pela própria manutenção, unicamente em face da
desatenção de alguém ou porque a memória não te auxiliasse a recordar minudências
alusivas ao assunto.
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Não te permitas destrambelhar o pensamento por isso.
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Possivelmente amigos espirituais, zelosos e atentos, te houvessem auxiliado a perder essas
vantagens em teu próprio benefício.
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Indaga de ti, se estarias efetivamente em condições de trabalhar, caso estivesses com a vida
escorada no dinheiro excessivo.
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Medita na situação dos parentes aos quais talvez o excesso de recursos financeiros
afastasse da obrigação de servir, com a agravante de induzi-los aos perigos da ociosidade
dourada.
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Recorda aqueles a quem a despreparação para conservar o dinheiro e administrá-lo situou
em ruinosa segregação ante o medo de perder a suposta superioridade em que passariam a
viver.
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Pensa nos avanços indébitos da inveja e do despeito sobre os teus dias, por parte daqueles
que ainda não aprenderam a respeitar a vida dos semelhantes, caso mantivesses a fortuna
fora da circulação e do trabalho, sem utilidade para ninguém.
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Lembra as discórdias e demandas de testamentos e inventários, promovidos por teus
próprios descendentes, na hipótese da tua morte inesperada, ante os bens materiais que,
porventura, deixasses sem justa e proveitosa destinação.
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Aceita a vida laboriosa que Deus te concedeu, reconhecendo que a fortuna estará em tuas
mãos quando souberes dirigi-la, sem permitir que ela te escravize.
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