Se podes compreender as dificuldades da alma, ampara a todos aqueles que a Divina
Sabedoria te situou nas áreas de ação, quando te pareçam em desequilíbrio.
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Nas horas difíceis de transformação espiritual do mundo, os grupos sociais se nos afiguram
tumultuados, à maneira do solo quando agitado por abalos sísmicos.
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Se te manténs de pé, nos princípios de elevação que norteiam a vida, compadece-te dos que
se viram envoltos no turbilhão de inesperados desafios.
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Esse acreditou na independência negativa e abandonou os deveres, cuja execução lhe
garantiria a verdadeira liberdade, prendendo-se nas correntes invisíveis de compromissos
amargos.
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Aquele admitiu haver descoberto fácil acesso à renovação desejável e elegeu a indisciplina
por base das próprias vivências, marginalizando-se em perigosos enganos.
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Determinada irmã considerou por pesado cativeiro o caminho iluminado de renúncia em favor
dos outros e bandeou-se para o infortúnio mascarado de ilusão.
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Aquela outra supôs que o lar assinalado de bênçãos se lhe fazia uma carga superior às
próprias forças e largou-se de encargos assumidos para descer às sombrias regiões do
arrependimento.
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Ainda assim, não censures os corações tresmalhados pela maré da violência na viagem do
mundo.
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Inclina-te para os que se debatem nas ondas da perturbação e, tanto quanto possível,
estende mãos amigas que os salvem do naufrágio iminente.
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Todos somos viajores no oceano da vida.
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Cada qual de nós permanece no barco em que avança na direção das praias do futuro.
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Não te descuides do leme na embarcação que te seja própria e ajuda sempre aos que te
compartilham a rota.
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Recorda: muitos daqueles aos quais te vinculas pelo coração choram desesperadamente na
superfície das águas revoltas e podem ser amparados ainda hoje por tua bondade e
compreensão.
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Não temas incomodar-te, nem percas tempo, quanto a isso, porquanto se adiarmos o socorro
para amanhã, ser-nos-á talvez preciso descer às tenebrosidades do abismo, a fim de buscálos,
sofrendo muito mais.