Ela se chamava Cornelia Arnolda Johanna Ten Boom, conhecida como Corrie Ten Boom.

Na Holanda, sua família, durante a Segunda Guerra Mundial, abrigou, nas várias salas de sua casa, judeus e membros da Resistência, procurados pela Gestapo e sua contrapartida holandesa.

Em tempos de racionamento, o mais difícil era conseguir alimentar tantas bocas.

Corrie conduzira, anteriormente, um programa especial na igreja, para crianças portadoras de deficiência.
O pai de uma delas era um civil, encarregado do escritório que controlava os cartões de comida.

Certa noite, sem aviso, ela foi à casa desse homem.
Ele parecia saber o porquê.
Quando perguntou quantos cartões ela precisava, Corrie abriu a sua boca e pediu cinco.

No entanto, a quantia que, inesperada e espantosamente, lhe foi entregue foi de cem cartões.

Era o atestado de que ele sabia o que estava acontecendo na casa dos Ten Boom e prestava sua colaboração, sem palavras.

Contudo, no dia 28 de fevereiro de 1944, os alemães prenderam toda a família Ten Boom, delatada por um informante holandês.

Enviado para a prisão, o pai morreu dez dias após.
As duas irmãs, Betsie e Corrie foram para um campo de concentração na Holanda, depois, para o de Ravensbrück, na Alemanha.

Betsie, portadora de uma anemia perniciosa, não suportou as duras condições.
Sua mensagem, pouco antes de deixar o corpo físico, foi de que não há abismo tão profundo que o amor de Deus não seja ainda mais profundo.

Corrie foi solta um dia após o Natal de 1944.
Mais tarde, soube que sua soltura havia sido um erro burocrático.

As prisioneiras de sua idade, daquele campo, foram todas mortas, uma semana após sua libertação.

Se Corrie a tudo resistiu, em nome do amor ao seu semelhante, motivo de sua prisão e de tantas perdas afetivas, a maior lição ela daria, anos depois, enquanto lecionava, na Alemanha.

No ano de 1947, teve contato com um dos mais cruéis guardas do campo alemão de concentração.

A lembrança da morte da irmã e os próprios sofrimentos que padecera, lhe conferiram certa relutância em lhe conceder o perdão.

Narra ela que orou para que conseguisse fazê-lo.
Depois, escreveria: Por um longo momento, nos tocamos as mãos, o ex-guarda e a ex-prisioneira.

Eu jamais havia conhecido o amor de Deus tão intensamente quanto naquela hora.

Em seu livro mais famoso, O refúgio secreto, ela afirma que, em sua experiência do pós-guerra com outras vítimas da brutalidade nazista, aqueles mais capazes de perdoar foram os que mais facilmente puderam reconstruir suas vidas.

Especial mensagem que nos afirma a propriedade da orientação de Jesus de perdoarmos aos nossos inimigos.

Perdoando, quebramos os laços com os que nos feriram, magoaram.

Ficamos livres para seguir com nossas próprias vidas, para perseguirmos nossos ideais.

O perdão é sempre o melhor caminho.
Algo que precisamos treinar, a cada dia, com as pequeninas coisas que nos atingem.

Coisas corriqueiras que nos afetam, irritam, magoam e que agasalhamos na intimidade, fazendo-nos mal física e espiritualmente.

Libertemo-nos.
Sigamos a lição do Mestre.

Redação do Momento Espírita, com base em dados

biográficos de Cornelia Arnolda Johanna Ten Boom.

Em 13.
3.
2023.

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