O tempo que nos resta – Redação do Momento Espírita 5/5 (2)

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Será que o tempo passa rápido ou é lento, como quem, em idade avançada, tem dificuldades para caminhar?

Se perguntarmos a um menino de cinco anos, talvez nos diga que ele é lento demais.

Os natais são distantes, as férias mais ainda, o aniversário, então, não chega nunca.

Parece que somente na percepção infantil o tempo é moroso, chegando devagar, quase parando.

Talvez porque a vida se encontre em seu início e a perspectiva é de muito futuro e pouco passado.

O tempo tem dessas estripulias.

Quando olhamos para ele no futuro, parece que demora muito a chegar.

Porém, quando ele vira passado, voa célere, desaparecendo rápido, fazendo que nos percamos em dias e anos.

Às vezes, quando nos perguntam a idade, nos admiramos ao informar os anos já vividos.

O tempo é recurso valioso, que devemos utilizar com sabedoria.

Escoa através de nós aos segundos, que rapidamente viram minutos, horas e se tornam anos.

Dessa maneira, é necessário refletir sobre quanto desse recurso ainda nos resta.

De quanto tempo dispomos para realizar os planos que estão somente em linhas escritas ou projetos desenhados.

Há que pensarmos quanto tempo nos resta para nos vincularmos ao trabalho voluntário que idealizamos e não concretizamos.

De quanto tempo dispomos para ver nossos filhos crescerem antes que eles ganhem as estradas da vida?

Quanto tempo temos para retomarmos sonhos que abandonamos em algum momento da jornada, desencantados e tristes: uma nova profissão, um novo curso, uma nova habilidade?

O tempo da vida é demais valioso para que o desperdicemos em dias que nada acrescentam.

Pensemos em quanto tempo gastamos com implicâncias, brigas e embates, que somente nos conduzem a desgaste emocional.

Quanto do nosso tempo utilizamos para cultivar mágoas, alimentar malquerenças ou o desgosto por alguém?

O tempo que nos resta é por demais precioso para que seja utilizado de maneira vazia ou inútil.

Sábias são as orientações do Mestre de Nazaré nos aconselhando a tratar de nos reconciliarmos com nossos adversários, enquanto estamos a caminho com eles.

Ou de buscarmos de imediato aquele que tenha qualquer queixa para conosco, resolvendo a problemática.

O amanhã é incerto e somente o Pai Celeste sabe a hora de partirmos.

Se deixarmos para mais tarde, podemos correr o risco de não conseguirmos solucionar discórdias, diluir mágoas, consertar rusgas tolas.

Isso porque podemos partir logo mais.
Ou o outro pode realizar a sua viagem, de forma inesperada, antes de nós.

Por tudo isso, sirvamo-nos muito bem do tempo do agora, do tempo que ainda dispomos e não sabemos quanto seja.

Tenhamos medo de não utilizá-lo da melhor maneira, de não aproveitar nossos dias em aprendizado, reconciliação e amorosidade.

A vida é plena de oportunidades.
Não as deixemos simplesmente passar por nós.

Empreguemos o recurso do tempo com coisas que nos encham o coração e a mente de valores para a construção de nossa felicidade.

Abracemos, amemos, agora.
Não deixemos para depois.

Redação do Momento Espírita

Em 29.
8.
2024

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