O tempo cria tempo – Redação do Momento Espírita 4/5 (1)

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Reclamas que o tempo é curto,

Dormindo e sonhando embora,

Mas o tempo cria tempo

Se fazes o bem agora.

*

Os versos do poeta Casimiro Cunha nos trazem bela lição.

Muitos de nós, senão todos, vez ou outra, reclamamos que o tempo é curto, que o tempo passa muito rápido, que quando vimos.
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já é dezembro de novo.

Cabe-nos termos cuidado com essas constatações.

Alguns de nós não vemos o tempo passar pois nos encontramos dormindo e sonhando.
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Dormindo estamos quando deixamos que as tarefas se tornem automáticas, quando nos deixamos prender na rotina repetitiva sem estarmos realmente presentes em cada momento.

Trabalhamos oito horas, mas parece que o eu Espírito foi sequestrado durante esse tempo.
Ficou ali apenas o corpo.

Então o Espírito foi realizar algo nobre? Não.
Adormeceu.

Isso acontece quando realizamos nossas tarefas sem a real presença, sem querermos estar ali, sem o entusiasmo.

É como se deixássemos o corpo executar, enquanto o Espírito dorme.
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De que nos serve? Para pouca coisa.

Alguns transformamos quase todos os momentos da vida em automatismos, desde os cuidados com o corpo, passando pelas horas do trabalho profissional, até os instantes de convívio com a família.

Somos os que afirmamos que não vimos os filhos crescerem, que não percebemos como envelhecemos tão rápido, que não notamos o companheiro ou a companheira passando por essa ou aquela mudança de estação.

Passamos períodos apenas sonhando, sonhando acordados, e não realizamos nada.

Pensamos, pensamos, planejamos, mas pouco realizamos.
Assim, esvai-se o tempo.

Então, sim, o tempo é curto.

Mas o tempo cria tempo, nos diz tão belamente o poeta, quando nos propomos a fazer o bem agora.

Vejamos que não é planejar fazer o bem algum dia, ou amanhã.
É fazer o bem agora.

Sempre teremos tempo se nos propomos a fazer o bem.
Sempre teremos tempo se doarmos parte do nosso dia para alguém.

É curioso, mas os que menos têm tempo, são os que mais se doam.
Encontram, de alguma forma, oportunidade de servir.

Isso porque descobriram que a oportunidade de servir deve ser abraçada de todo jeito e quando ela surge.

E não falamos apenas de fazer o bem lá fora.
As oportunidades de fazer o bem começam dentro de casa ou em nossa família maior.

Reflitamos um pouco: quem pode estar precisando de ajuda neste exato instante? Quem gostaria de um carinho? Uma lembrança? Um elogio? Alguns minutos de desabafo?

Sempre descobriremos alguém.

E para aquele trabalho voluntário, conseguiremos arranjar tempo.
O tempo cria tempo.
Comecemos e perceberemos como tudo se encaixa.

Certas coisas que eram tão importantes vão ficando para trás.
Outras, com as quais gastávamos tantas preciosas horas, podemos repensar.

E isso irá acontecendo naturalmente.

Uma vez que nos propomos a servir ao bem, servir ao próximo, servir a uma causa maior que não apenas a nossa própria, começamos a ter uma ajuda nova.

Veremos que até na organização de nosso tempo seremos auxiliados.

Confiemos.
O tempo cria tempo quando fazemos o bem agora.

Redação do Momento Espírita, com transcrição de versos

do cap.
31, do livro Caridade, por Espíritos diversos,

psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed.
IDE.

Em 15.
4.
2025

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