O convite chegara inesperado: Venha estar conosco no domingo para uma tarde musical.
Será em nosso salão de festas, a partir das quinze horas.

Nossa primeira iniciativa foi consultar o calendário.
Seria a comemoração de um aniversário? Mas nada apontavam nossos registros.

E, na tarde fria e anunciadora de chuva, amigos de longa data foram chegando.

Alguns bem conhecidos, companheiros de atividades no voluntariado.
Em cada um, fomos descobrindo a leveza de sorrisos guardados e a promessa de memórias a serem revividas.

Cada abraço apertado era um verso em prosa, recontando histórias de tempos que o coração jamais esquece.

O violonista chegou.
Vimos o violão se acomodar entre suas mãos, pronto para despertar acordes adormecidos.

As partituras estavam nas mentes e nos corações, prontas para serem decifradas pela emoção de cada um.

Porém, para garantia da união em torno da mesma canção, foram distribuídas velhas letras digitadas de forma ordenada.

À medida que cada qual foi folheando as páginas recebidas, foram crescendo os sorrisos.

Essa eu conheço! Essa é da minha infância!

Uma avó, de cabelos brancos, lembrou: Essa eu cantava para os meus filhos pequenos.
.
.

Lembranças foram sendo despertadas.
O amigo anfitrião parecia desafiar a todos, olhando um a um, como a questionar, no silêncio da alma: Quero ver quem conseguirá cantar todas.

Então, a melodia das vozes principiou a encher o ar, um prelúdio suave para o concerto de lembranças que estavam por vir.

Experiente cantora conduzindo, a primeira nota ressoou, tímida.
Logo se uniu a outras, formando a harmonia de uma velha canção.

Era mais que som.
Era o tempo voltando, sussurrando segredos e confidências esquecidas.

As letras, antes apenas palavras, ganharam vida nas vozes uníssonas, evocando imagens de juventude e de momentos partilhados.

Cada refrão era um portal para um passado que, na verdade, nunca se fora.

Entre um verso e outro, olhares se cruzavam, pontuando a trilha sonora da tarde.
As histórias se misturavam às canções, criando um tecido rico de vivências e de laços inquebráveis.

A mesa do lanche estabeleceu uma breve pausa para o saborear das doçuras ofertadas.

Na simplicidade do afeto, em cada gesto, uma evocação particular entre os pares, os trios, formados aqui e ali, ocupando as mesas.

Os olhos brilhavam, refletindo a chama da amizade que, apesar dos anos, permanecia acesa e forte.
Aquele era um refúgio, um porto seguro onde a alma encontrava paz e pertencimento.

Enquanto a noite chegava suavemente, as últimas notas se dissiparam no ar, embora a melodia continuasse a vibrar.
O eco das canções e das memórias prosseguia aquecendo os corações.

Não foi uma simples tarde musical, nem mais um domingo.
Foi uma celebração da vida, da amizade e da capacidade de recordar e renovar.

Uma prova de que algumas harmonias são eternas, feitas para serem tocadas e sentidas para sempre, mesmo quando a memória parece diluída, na linha tênue do horizonte da vida de muitas décadas.
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.

Redação do Momento Espírita, descrevendo

tarde musical em casa de Danilo e

Shou Allegretti.

Em 3.
9.
2025

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