Oração – Bezerra de Menezes

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Senhor!

Os homens reúnem-se no mundo para pedir, reclamar, maldizer; legiões humanas devotadas à fé entregam-se para que as comandes; multidões sintonizam Contigo buscando servir-Te.

Permite-nos agora um espaço para a gratidão por estes dias de entendimento fraternal que vivemos na Casa que nos emprestastes para o planejamento das atividades evangélicas do futuro.

Como não estamos habituados a agradecer e louvar sem apresentar o rol das nossas súplicas permite-nos fazê-lo de forma diferente.

Quando quase todos pedem pelos infelizes, nós nos atreveremos a suplicar pelos infelicitadores; quando os corações suplicam em favor dos caídos, dos del inquentes, dos que se agridem, nós nos propomos a interferir em benefício dos que fomentam as quedas, os delitos e a violência; quando os pensamentos se voltam para interceder pelos esfaimados, os carentes, os desiludidos, nós nos encorajamos a formular nossas rogativas por aqueles que respondem por todos os erros que assolam a Terra, estabelecendo a miséria social, a falência moral e a derrocada nas rampas éticas do comportamento.

Não Te queremos pedir pelas vítimas de todos os matizes, senão, pelos seus algozes, os que entenebreceram os sentimentos, a consciência e a conduta, comprazendo-se, quais chacais sobre os cadáveres dos vencidos.

Tu que és o nosso Pastor e prometeste apoio a todas as ovelhas, tem misericórdia deles, os irmãos que se cegaram a si mesmos e, ensandecidos, ateiam as labaredas do ódio na Terra e fomentam as desgraças que dominam no Mundo.

Tu podes fazê-lo, Senhor, e é por isto que, em Te agradecendo todas as dádivas da pa z que fruímos, não nos podemos esquecer desses que ardem nas labaredas cruéis da ignorância, alucinados pelos desequilíbrios que os tornam profundamente desditosos.

Retira dos nossos sentimentos de amor a cota melhor e canaliza-a para os irmãos enlouquecidos na volúpia do prazer, que enregelaram o coração longe dos sentimentos de humanidade e que terão que despertar, um dia, sob o látego da consciência que a ninguém poupa.

Porque já passamos, em épocas remotas, por estes caminhos, é que Te suplicamos por eles, os irmãos mais infelizes que desconhecem a própria desdita.

Quanto a nós, ensina-nos a não fruir de felicidade enquanto haja na Terra e na Pátria do Cruzeiro os que choram, os que se debatem nos desvãos da perturbação, e, consciente ou inconscientemente, Te negam a sabedoria, o amor e a condução de ternura como Pastor de nossas vidas.

Quando os Teus discípulos, aqui reunidos, encerramos esta etapa, damo-nos as mãos, e, emocionad os, repetimos como os mártires do passado: – Ave Cristo! Em Tuas mãos depositamos nossas vidas, para que delas faças o que Te aprouver, sem nos consultar o que queremos, porque só Tu sabes o que é de melhor para nós.

Filhos da alma: que vos abençoe o Pai de Misericórdia e que Jesus permaneça conosco são os votos do servidor humílimo e paternal de sempre.

Bezerra
Psicofonia de Divaldo Pereira Franco, na manhã de
18.11.1990, no encerramento da reunião do Conselho Federativo
Nacional, em Brasília, DF.
Em 28.02.2012.

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