A PARÁBOLA DOS DOIS FILHOS

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Um homem tinha dois filhos. Ambos viviam com seu pai numa vinha que pertenciaà família.
Um dia, pela manhã, o pai chamou o menino mais velho e disse-lhe:
” Meu filho, hoje não irás ao mercado da vila. Já fiz todas as compras necessárias. Vai trabalhar na vinha.
O   jovenzinho, que era tido como um modelo de menino educado, pelas atenções que dispensava a todos, respondeu com toda a delicadeza a seu pai:
” Sim, meu pai, já vou.
A verdade, porém, é que prometeu, mas não foi. Desejaria ir ao mercado, mas não trabalhar na vi­nha, colhendo cachos e mais cachos de uvas. Ficou intimamente aborrecido com a ordem do pai, mas, não quis desrespeitá-lo com palavras. E pensou con­sigo mesmo: Desejaria tanto ir ao mercado hoje… Lá me encontraria com Joel e Davi… E meu pai me mandou catar bagos na vinha… Não, não irei. Disse que iria, mas não vou… Não, não vou mes­mo…
E não foi.
Na mesma hora, também, o pai chamou o filho caçula, que era o desobediente da casa. Muito re­belde, era considerado pelos vizinhos uma peste­zinha , o oposto do irmão mais velho.
O   pai chamou-o, também, e disse-lhe:
” Meu filho, não terás que acompanhar teu irmão ao mercado hoje. Já chegaram as compras que fiz. Vai trabalhar na vinha.
O   menino, que era muito impulsivo, respondeu com muita aspereza ao pai:
        – Eu, não… Não quero trabalhar na vinha…
E correu. Entrando, instante depois, em seu quarto, arrependeu-se das palavras brutas que disse ao paizinho tão amigo e voltou a sala para pedir-lhe perdão. E foi, com a consciência tranquila, colher os cachos de uva nas lindas videiras de seu pai.
 
*
 
Jesus contou esta Parábola dos Dois Filhos, em Jerusalém, aos sacerdotes que duvidaram de Sua Missão e que não se arrependeram com as pregações de João Batista. E é aos mesmos sacerdotes que Jesus pergunta, ao terminar a parábola:
” Qual dos dois filhos fez a vontade do pai?
” O segundo.
E Jesus lhes disse:
” Em verdade vos digo, que os publicanos que roubam e as mulheres que pecam entrarão no reino de Deus antes de vós. Porque João veio, exemplifi­cando a justiça e a vontade de Deus, e os pecadores o ouviram e se arrependeram de seus pecados, come­çando uma vida nova. Mas, vós, que também ouvis­tes João, não vos arrependestes nem crestes nele.
 
*
 
Entendeu, querida criança, a Parábola dos Dois Filhos?
O   filho mais velho era um menino de bons mo­dos, muito educado, atencioso, de finas maneiras. Era considerado por todos um modelo de perfeita educação. Respondia e falava sempre com muita cor­tesia e não magoava a ninguém com palavras. E assim procedeu para com seu pai. intimamente, po­rém, era um rebelde, que só fazia o que desejava, só gostava de atenderà própria vontade e aos próprios caprichos. Respondeu com delicadeza ao pai, mas, não obedeceu a ele. Era um rebelde invisível .
O segundo, o caçula, não tinha as maneiras po­lidas do irmão. Era, muitas vezes, áspero de lingua­gem, mas, no fundo, não era mau nem revoltado. Sabia reconhecer seus erros, pedia perdão de suas faltas e acabava fazendo a vontade de seu pai.
No caminho de nossa perfeição espiritual deve­mos proceder como o segundo menino da história. De nada nos valerá conseguir a aparência de pessoa educada, caridosa e cristã, se interiormente não dese­jarmos fazer a vontade de Deus.
O menino mais velho é o símbolo das pessoas que aparentam muita decência, delicadeza e fé, mas, praticamente são desobedientesà moral eà lei de Deus.
O menino caçula é o símbolo da alma que é habituada ao erro e aos maus costumes,à desobe­diência eà indelicadeza, mas, que reconhece seus erros, arrepende-se sinceramente, pede perdão de suas faltas e depois faz o que devia fazer, obede­cendoà vontade de Deus e não aos seus caprichos.
Que você, querido filho, tenha a facilidade do caçulinha da parábola para arrepender-se de suas faltas. Faltas para com o papai amigo, para com a mãezinha bondosa, para com os maninhos que Deus lhe deu…
Busque acima de todas as coisas da vida, em todas as situações e em todas as horas, fazer a von­tade do Pai do Céu, sem discussões e sem rebeldia. A Vontade de Deus é Sempre o Bem, a Paz e a Verdade.
Que você diga sempre a Deus: EU VOU, MEU PAI DO CÉU  e vá mesmo. Você colherá as lindas uvas da paz e da sabedoria do Alto, da bondade e da verdade eternas. E pelo amor que obèdece, você esta­rá com Deus para sempre…

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