Our Score
Click to rate this post!
[Total: 0 Average: 0]
Havia, numa cidadezinha da Palestina, um juiz que não respeitava nem Deus nem os homens.
Em lugar de dar o bom exemplo, honrando a posição que ocupava, esse juiz zombava de tudo que se referisseàs coisas de Deus. Declarava-se ateu e não respeitava as crenças alheias.
Era também injusto nos seus julgamentos. Não procedia corretamente nem no tribunal nem no lar. Era um homem desleal nos seus pareceres e sem bondade para com aqueles que o procuravam, cheios de confiança. O maldoso juiz não tinha boa vontade para atender a ninguém. Muitas vezes mandava diÂzer que não estava em casa, quando pessoas pobres iam ao seu encontro. Se estava no tribunal, era semÂpre com má vontade e indelicadeza que atendia os que se aproximavam dele; depois de muito esperaÂrem, era quase certo receberem do juiz um não às síplicas mais comoventes e aos pedidos mais justos.
Vivia também nessa cidade uma pobre viuva. Era muito doente e tinha dois filhos menores, que haviam nascido defeituosos. Seu marido, morto num desastre, lhe havia deixado uma pequena casa e uma pequena propriedade numa aldeia próxima. InÂfelizmente, o sócio de seu esposo era um homem desoÂnesto. E agora, vendo que a pobre mulher, doente e abatida, tendo de cuidar dos filhinhos enfermos, não poderia dirigir a pequena propriedade, o sócio cobiÂçoso tomou conta das terras, dizendo a todos que comprara aquela propriedade da viíva.
A pobre mulher foi ao encontro do antigo amiÂgo de seu esposo e pediu-lhe que não lhe tirasse aqueÂle pedaço de terra, que era a ínica fonte de sustento para ela e seus filhinhos doentes. Mas, o homem, duro de coração, não quis atendê-la. E ainda zombou dela.
A viíva resolveu, então, apelar para o juiz.
Todos lhe diziam que era inítil, que o juiz não atendia aos pobres… Ela, porém, não desanimou. Foià casa do magistrado. Um servo veio dizer que o juiz não estava em casa. Não era verdade isso, pois, ela o vira,minutos antes,à sombra de uma videira, no horto de sua casa.
Humilhada e triste, voltou para o lar, para junto dos filhinhos. Não desanimou, porém. No dia seguinÂte, retornouà casa do juiz. Outra mentira, e ela não foi recebida. Voltou muitas vezes. Muitas outras o procurou no tribunal, até que, um dia, pôde dizer-lhe:
” Senhor Juiz, faze-me justiça, pois o sócio de meu falecido esposo se apossou da propriedade que me pertence e que é o sustento de meus filhinhos. Defende-me do meu adversário…
O juiz prometeu intervir junto do sócio desonesÂto, mas, nada fez. Outra vez, e mais outra, e várias outras, a viíva incansável procurou o juiz, rogando-lhe que lhe fizesse justiça.
O magistrado estava imensamente aborrecido com aquelas constantes visitas da viíva. Ela o proÂcurava no tribunal e em casa, sempre com o mesmo pedido: Faze-me justiça contra meu adversário, SeÂnhor Juiz!
Por fim, ele disse a si mesmo: Eu não temo a Deus, nem respeito os homens. Mas, essa viíva não me dá sossego, sempre a importunar-me com o mesÂmo pedido, sempre a suplicar-me justiça… Bem, eu não dou valorà justiça, nem me incomodo com as misérias alheias… mas, para que essa mulher não mais me aborreça, vou fazer-lhe justiça. ..
E mandou um oficial chamar o homem desonesÂto. Verificou, conforme a viíva lhe dissera, que ele não tinha direitoàs terras. Devolveu a propriedade e as plantaçõesà pobre mulher, fazendo-lhe, assim, justiça, para felicidade dela e das pobres crianças.
*
Jesus contou esta Parábola da Viíva ImportuÂna, filhinho, para que nós aprendêssemos ” é Ele quem diz ” a orar sempre, sem nunca desanimar .
Ore sempre, meu filho, esperando com toda a confiança as bênçãos do Pai do Céu.
Tudo que você suplicar a Deus, se seu pedido for justo (como o pedido da viíva), pode ter a certeza de que Deus o atenderá, com o amor de Seu divino coÂração paternal.
Não tenha dívida, filhinho: toda síplica justa é ouvida e atendida por Deus.
Jesus, depois de contar a parábola ao povo, disÂse: Recordai as palavras do juiz injusto. Se esse homem maldoso fez justiçaà pobre mulher, muito mais Deus fará justiçaàqueles que merecerem, aos que lhe pedirem, como a viíva pobre, o que for hoÂnesto e justo.
Não esqueça a lição da parábola. Peça a Deus somente o que for bom e justo. Rogue as bênçãos divinas para você, para seus paizinhos, para os maÂninhos, para seus parentes, para seus vizinhos, para os pobres, para os doentes, para os órfãos, para os pecadores. Rogue para você e para todos as bênçãos da paz, da luz, da saíde e da fortaleza espiritual. Se você orar, cheio de fé, Deus atenderá você. Talvez não atenda tão depressa como você deseje. Por que será? Será que Deus deseja ouvir muitas vezes o mesmo pedido? Não, filhinho, mil vezes não. Nós éque nem sempre estamos com a mente e o coração preparados para receber a Resposta divina. Por isso, devemos orar sempre, sem nunca desanimar como Jesus ensinou, a fim de purificar nossa mente e nosso coração para ouvir e sentir as respostas de Deus.
Filhinho: uma alma digna só pede a Deus o que é digno. Uma alma justa só pede a Deus o que é justo. Por isso é que Deus atende os pedidos justos e dignos: as almas dignas e justas MERECEM as bênçãos do Alto.
Existe, meu filho, uma lei do mérito funcionando na Terra e na Eternidade. Se merecermos, recebeÂremos sempre. Procuremos, para nosso bem, merecer, fazendo a vontade de Deus, hoje e sempre…