Obsessão e Conduta

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Na raiz de todas as enfermidades que sitiam o homem, encontramos, no desequilíbrio dele próprio, a sua causa preponderante.
 
Sendo o Espírito o modelador dos equipamentos que se utilizará na reencarnação, desdobra as células da vesícula seminal sobre as matrizes vibratórias do perispírito, dando surgimento aos folhetos blastodérmicos que se encarregam de compor os tubos intestinal e nervoso, os tecidos cutâneos e todos os elementos constitutivos das organizações física e psíquica. São bilhões de seres microscópicos, individualizados, trabalhando sob o comando da mente,que retrata as aquisições anteriores,na condição de conquistas ou dívidas que cumpre aprimorar ou corrigir.Cada um desses seres que se ajustam perfeitamente aos implementos vibratórios da alma,emite e capta irradiações específicas,em forma de oscilações eletromagnéticas,que compõem o quadro da individualidade humana…
 
Em razão da conduta mental,as células são estimuladas ou bombardeadas pelos fluxos dos interesses que lhe apraz,promovendo saíde ou dando gênese aos desequilíbrios que decorrem da harmonia,quando essas unidades em estado de mitose degeneram,oferecendo campoàs bactérias patológicas que se instalam vencendo os fatores imunológicos, desativados ou enfraquecidos pelas ondas contínuas de mau humor, pessimismo, revolta, ódio, ciíme, lubricidade e viciações de qualquer natureza que se transformam em poderosos agentes da perturbação e do sofrimento.
 
No caso dos fenômenos teratológicos das patogenias congênitas, encontramos o Espírito infrator encarcerado na organização que desrespeitou impunemente, quando a colocou a serviço da responsabilidade ou da alucinação,agora recuperando, de imediato, os delitos perpetrados, mesmo que em curto prazo expiatório.
 
Problemas de graves mutilações e deficiências, enfermidades irreversíveis surgem como efeitos da culpa guardada no campo da consciência, em forma de arrependimentos tardios pelas ações nefastas antes praticadas.
 
Neste capítulo, o das culpas, origina-se o fator causal para a injunção obsessiva. Daí, porque, só existem obsidiados, porque há dívidas a resgatar.
 
A obsessão resulta de um coníbio por afinidade de ambos os parceiros.
O reflexo de uma ação gera outro reflexo equivalente.
 
Toda vez que uma atitude agride recebe uma resposta de violência, tanto quanto, se o endividado se apresenta forrado de sadias intenções para o ressarcimento do débito, encontra benevolência e compreensão para recuperar-se.
 
A culpa, consciente ou inconscientemente instalada no domicílio mental, emite ondas que sintonizam com inteligências doentias, habilitando-se a intercâmbios mórbidos.
 
No caso específico das obsessões entre encarnados e desencarnados, estes íltimos, identificando a irradiação enfermiça do devedor, porque são também infelizes, iniciam o cerco ao adversário pretérito, através de imagens, mediante as quais se fazem notados, não necessitando de palavras para serem percebidos, insinuando-se com insistência até estabelecerem o intercâmbio que passam a comandar…
 
De ínicio, é uma vaga idéia que assoma, depois, que se repete com insistência, até insculpir no receptor o clichê pertubante que dá início ao desajuste grave.
 
Em razão disso, não existe obsessão apenas causada por um dos litigantes, se não houver sintonia perfeita do outro.
 
Quanto maior for a permanência do intercâmbio com o hospedeiro domiciliado no corpo “ e entre encarnados o fenômeno é equivalente “ mais profunda se tornará a indução obsessiva, levandoà alucinação total.
 
É nessa fase, em que a vítima se rendeàs idéias infelizes que recebe a elas se convertendo, que se originam os simultâneos desequilíbrios orgânicos e psíquicos de variada classificação.
 
A,mente viciada e artudida pelas ondas perturbadoras que capta do obsessor, perde o controle harmônico,automático sobre as células,facultando que as bactérias patológicas proliferem,dominadoras.
Tal inarmonia propicia a degenerescência celular em forma de cânceres, tuberculose, hanseníase e outras doenças de etiopatogenias complexas, que a Ciência vem estudando.
 
Só a radical mudança de comportamento do obsidiado resolve, em definitivo, o problema da obsessão.
 
A Obsessão: Instalação e Cura.
Coletânea das obras de Manoel Philomeno de Miranda.
Psicografadas por: Divaldo Pereira Franco

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