A Negatividade no Plano Terreno
O que é o ser humano se não um conjunto complexo de vários aspectos individualizados e ao mesmo tempo coletivos?
Quem entre vós, encarnados, é realmente capaz de penetrar de forma sincera e honesta na individualidade do outro?
Os homens em geral tendem a criar em suas mentes, modelos definidos e enraizados para escolher com quem gostariam de conviver. Dessa forma, escolhem os modelos de amigos, cônjuges, filhos, etc. Quando se deparam com pessoas que não correspondemàs suas expectativas, ou seja, não se enquadram nos modelos pré-definidos, rejeitam, ou, pior ainda, tentam modificar as características individuais dessas pessoas.
Faltam a esses irmãos o conhecimento e a compreensão de que Deus ao criar um espírito lhes atribui características singulares e específicas com as quais ele terá que desenvolver sua caminhada evolutiva, encarnação após encarnação, e que não é permitido a nenhum outro ser desvendar esses aspectos individuais e muito menos operar mudanças que venham alterar o que Deus criou, mesmo que seja em nome do amor ou da sua melhora, pois isso não compete a nenhum ser encarnado e imperfeito, tal quais sois vós.
Esse é um dos fatores de desestruturação da humanidade no planeta Terra.
Um bom exemplo é quando um homem escolhe uma mulher para ser sua companheira, mas não a aceita como ela é. Começa então a querer mudar sua forma de pensar e de agir como se tivesse o poder de dominar seus sentimentos e transformá-la no que ele deseja, ou seja, no modelo por ele idealizado. Não compreende que aquele ser humano tem uma essência espiritual que só ele mesmo, dono que é de sua vontade, pode modificar. Essa disfunção ocorre não só no matrimônio, mas em todos os tipos de relações humanas.
Quando aceitamos alguém como companheiro, seja como esposo, esposa, amigo, parente, etc., temos o dever de respeitar a sua individualidade, pois são aqueles atributos pessoais que fazem daquele ser, ele mesmo e não outro.
Ao estabelecer modelos, corremos o risco de nunca encontrar ninguém que a eles se adequem. Isso nos leva a um estado de infelicidade e insatisfação em busca do protótipo que estipulamos para nós. Assim, sofremos por que não aceitamos os defeitos daqueles com quem somos destinados a conviver por determinação superior,às quais desconhecemos. Esse transtorno em nossas vidas se estende a todos que estão próximos de nós, gerando uma egrégora negativa que se expande a milhares e milhares de outros seres, contribuindo para a negatividade de todo o plano terreno.
Por isso devemos analisar de forma muito criteriosa a nossa responsabilidade em relação aos nossos irmãos planetários e ao próprio planeta em si. Não somos sozinhos no mundo. Fazemos parte de um todo do qual somos uma pequena partícula. A nossa missão ou responsabilidade não é, dessa forma, somente conosco mesmo, mas com todos os nossos companheiros que como nós, para aqui foram enviados. Assim, ao mesmo tempo em que somos ínicos em nós mesmos, somos também uma pequena parte de um todo pelo qual somos igualmente responsáveis. A individualidade de cada um não deve impedir que as relações se estabeleçam entre todos, aceitando as pessoas como são na sua natureza íntima e não traçando modelos incapazes de serem estruturados.
É interessante como ao mesmo tempo em precisamos conviver com todos ao nosso redor, temos, contudo, a obrigação de nos reconhecermos como indivíduos ínicos para que possamos nos respeitar nas nossas mais intrínsecas características, não esquecendo, no entanto, de respeitar também o interior psicológico e emocional dos outros.
É essa a grande questão que os seres humanos precisam resolver entre si: conhecer-se a si mesmo, conhecer os outros e estabelecer um equilíbrio entre as suas peculiaridades e as dos outros ao seu redor, de forma a propiciar um bom relacionamento entre todos. Esse é o grande desafio para uma boa convivência.
Não adianta nada um ser humano criar protótipos e querer transformar todos com quem convive de modo a se enquadrarem nos modelos por ele pré-definidos. Se isso fosse possível de acontecer, os seres humanos modificados perderiam suas identidades individuais o que se expressaria em forma de angístias, tristezas e depressões, adoecendo mais ainda um planeta que já é tão doente.
Quantos atos de violência não se propagam no mundo por pessoas que se perderam nos seus caminhos evolutivos ao terem suas individualidades invadidas muitas vezes pelos próprios pais, que se acharam no direito de determinar como seus filhos devem proceder tanto no aspecto profissional ou mesmo no pessoal?
Quantas pessoas vivem nesse mundo frustradas nas suas concepções individuais para satisfazer aos estereótipos criados pelos seus pais e delas exigidos?
Essas criaturas precisam desaguar suas frustrações e geralmente o fazem encima das pessoas que delas dependem e sobre as quais tem algum poder.
São médicos, advogados, professores e outros profissionais de áreas afins que submetem seus pacientes, clientes, alunos, etc. a atitudes até desumanas, descarregando suas frustrações familiares e afetivas. São cônjuges que desabafam sob as mais diversas formas de violência suas insatisfações, nas pessoas que lhes são mais próximas, muitas vezes de forma covarde e até criminosa.
Nessa bola de incompreensão que gira e gira no mundo, se estabelece uma grande corrente de desentendimentos no planeta, espalhando-se como uma grande onda de energias negativas que envolvem os seres humanos numa imensa torrente de maldades, crimes e violências.
É importante compreendermos que quando extravazamos nossos sentimentos negativos de ódio, rancor, inveja, etc., eles não se acumulam e não só agem ao nosso redor, mas se espalham em toda a atmosfera terrestre em forma de uma negatividade poderosa influenciando todo o planeta e todos que nele habitam. Essas expansões energéticas conferem ao plano terreno as características que o enquadram na classificação de plano inferior. Isso nos comprova que todos os habitantes da Terra podem estar contribuindo para o estado de inferioridade em que o planeta se encontra, quando não lutam para controlar seus pensamentos e suas ações.
Repensem então suas atitudes e ajam como verdadeiros espíritos criados por Deus a partir da sua própria essência. Paz e luz para todos.
Autor Espiritual: Dr. Motalverne Serafim
Pela Médium Eunice Gondim
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