Humanidade: o amor do maravilhoso. Antes, porém, precisariam ser lógicos; aceitaremos o seu raciocínio “ se é que a isso podemos chamar raciocínio “ quando tiverem explicado claramente por que
essa febre atinge justamente as classes esclarecidas da sociedade, em vez das ignorantes. Quanto a nós, dizemos que é porque o Espiritismo apela ao raciocínio, e nãoà crença cega, que as classes
esclarecidas o examinam, refletem e o compreendem. Ora, as idéias supersticiosas não suportam o exame.
Aliás, todos vós que combateis o Espiritismo, chegais a compreendê-lo? Estudastes, perscrutastes seus detalhes, pesastes maduramente todas as suas consequências? Não, mil vezes não. Falais de algo que não conheceis. Todas as vossas críticas “ e não falo das tolas, vulgares e grosseiras diatribes, despidas de qualquer
raciocínio e que não têm nenhum valor “ refiro-meàs que, pelo menos, têm aparência de seriedade, todas as vossas críticas, repito, acusam a mais completa ignorância do assunto. Para criticar é necessário poder opor raciocínio a raciocínio, prova a prova. Será isto possível, sem conhecimento aprofundado do assunto de que se trata? Que pensaríeis de quem pretendesse criticar um quadro, sem possuir, pelo menos em teoria,
as regras do desenho e da pintura? Discutir o mérito de uma ópera, sem saber mísica? Sabeis a consequência de uma crítica ignorante? É ser ridícula e revelar falta de juízo. Quanto mais elevada a posição
do crítico, quanto mais ele se põe em evidência, tanto mais seu interesse lhe exige circunspeção, a fim de não vir a receber desmentidos, sempre fáceis de dar a quem quer que fale daquilo que não conhece. É por isso que os ataques contra o Espiritismo têm tão pouco alcance e favorecem o seu desenvolvimento, em vez
de o deter. Esses ataques são propaganda; provocam exame, e o exame só nos pode ser favorável, porque nos dirigimosà razão. Não há um só artigo publicado contra a doutrina que não nos tenha proporcionado um aumento de assinaturas e de vendas de obras.