A Justiça Divina
Autor Espiritual: Dr. Wilton
Médium: Eunice Gondim
Alguém é capaz de compreender a dor que vai no peito de um agricultor sem muitas posses, dono de um pequeno pedaço de terra e umas poucas cabeças de gado, quando vê a terra seca e o gado morrendo aos seus pés por falta de água e alimento?
E a família? Sem o líquido precioso nem para matar a sede? O que fazer com a higiene pessoal e da moradia? E é claro que em tal situação também não existe alimento suficiente para as pessoas que formam a família.
Dá pra imaginar, mesmo de longe, o que isso significa para esse povo sofredor que depende da chuva para viver ou morrer? E quantas pessoas no mundo param pelo menos para orar e pedir a Deus por esses irmãos? Quantas pessoas no mundo agradecem a Deus por não se encontrarem nessa mesma situação?
Quantas fortunas são gastas com férias nos locais paradisíacos do mundo! Quanto um jovem rico desperdiça com álcool e droga nas noitadas em casas de espetáculo e prostituição para se destruir lentamente?
É, meus irmãos! Parece-nos um quadro de infinita injustiça! Mas quem é responsável pela pratica dessa injustiça? É algo a se pensar e se analisar.
Será injustiça divina? Será que Deus deu muito a uns e nada a outros? Será que Deus criou os espíritos de forma diferente, determinando que uns vão ser agricultores sofredores e outros serão ricos e esbanjadores?
Pensar assim é anular por completo a justiça de Deus.
Não, meus irmãos. Deus criou os espíritos iguais e deu a todos os mesmos atributos e submeteu todosàs mesmas leis eàs mesmas regras. O diferencial nas suas caminhadas como espírito, é construído por cada Ser.
Conhecemos e nos penalizamos pelas situações acima descritas e não devemos ser egoístas deixando nossos irmãos nesse padecer, se nós pudermos ajudar a minimizar seu sofrimento.
Mas também não devemos duvidar da justiça divina da qual nenhum espírito pode fugir. Essa justiça se concretiza a todo o momento aos nossos olhos quando vemos tais situações ou outras ainda mais gritantes, como as grandes catástrofes que dizimam um nímero exorbitante de pessoas, vindas dos lugares mais diferentes possíveis, de famílias que nem se conheciam, de condições intelectuais, financeiras e sociais as mais diversas, todas de uma só vez e sob as mesmas condições de sofrimento.
Então é Deus que provoca essas catástrofes para punir aquelas pessoas pelos seus erros nessa ou em outra vida?
Não, meus irmãos! Cada um daqueles espíritos é ator dos seus próprios atos, são eles mesmos que estão se punindo.
Como disse antes, Deus cria todos iguais e dá a todos as mesmas oportunidades de crescer e evoluir por meio de seus atos, mas nem todos reconhecem e aproveitam essas dádivas divinas.
Não se enganem meus irmãos, que cada um daqueles espíritos que se encontram hoje em grandes tribulações, já infringiu aos seus semelhantes sofrimentos iguais ou aproximados aos que agora lhe afligem. Talvez para as pessoas que se encontram distantes das questões espirituais, isso seja completamente incompreensível, mas basta uma simples leitura do Evangelho Segundo o Espiritismo, para que essa cegueira comece a se esvaecer e a luz da verdade resplandeça.
Se Deus criou todos iguais e deu a todos as mesmas condições de crescimento e evolução, fica mais do que claro que as diferenças constatadas nas vidas atuais dos encarnados no plano terreno, são frutos de suas ações pretéritas que agora se lhes ressurgem como oportunidade para fazerem diferente. Resta então a cada um buscar compreender e aceitar essa verdade irrefutável, dandoà sua encarnação atual um novo rumo, pois enquanto o seu hoje é consequência do seu ontem, o seu amanhã será consequência do seu hoje.
Somos seres inteligentes e racionais porque Deus nos fez assim. Então usemos esses predicados divinos para construirmos nossa estrada com ações benfazejas de amor, caridade e justiça, reconhecendo sempre Jesus Cristo como nosso orientador constante, a nos mostrar a luz a ser seguida. Visualizemos esse farol luminosoà nossa frente e que ele seja o guia principal de nossos pensamentos e atitudes, para que assim agindo, sejamos sempre contemplados com bons alvitres da justiça de Deus.
Deixemos que os nossos irmãos infratores das leis divinas colham os frutos de suas indisciplinas, pois essa é a maneira pela qual se refarão perante Deus e crescerão rumo a uma evolução mais justa e firme.
Mas cuidado com a interpretação dos fatos: sempre que pudermos devemos ajudar a minimizar o sofrimento desses nossos irmãos que agora colhem os frutos de seus desvios, pois não sabemos se um dia não seremos nós a necessitarmos deles.
Essa é a verdadeira JUSTIÇA DIVINA.
Paz e luz para todos!
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