Contribuição de ROBERTO LUIZ C B C DOS SANTOS
NOSSA HIBERNAÇÃO COMODISTA
Esta vida que ora vivemos tem sido de uma celeridade impressionante.
Estamos deixando de viver; e o pior é que nessa compulsão de somatizar tantos compromissos para viver, perdemos a nossa identidade de quem somos.
Sentimo-nos vazios em meio a tantas coisas e futilidades, na procura inconsciente para podermos preenchê-los.
Já perceberam que todos nós queremos ser amados, reconhecidos, aplaudidos e plenos de nossos sonhos?
No entanto, estamos a olhar para este exterior como se fosse os raios do sol que nos adentra o interior.
O fato é que estamos acomodados perante a vida, e a nós mesmos, sendo ela própria.
Estamos a pedir com fervor nas religiões que exercitamos a fé em Deus, o milagre de que Ele possa nos atender.
É mais fácil e imediatista colocarmos a responsabilidade em Deus, do que admitirmos nossas falhas e tomarmos novos redirecionamentos.
Não queremos nos encarar porque temos vergonha de assumirmos os erros, as culpas.
E ai procuramos Deus para nos amparar, sem esforço de mudanças salutares para vivermos em paz e felizes.
Precisamos responsavelmente reconhecer de que estamos nesta escola que é a vida para aprendermos também com nossos erros.
Todos somos iguais perante o Pai, embora em degraus evolutivos diferentes, aqui misturados para o entrelaçamento deste aprendizado onde todos somos alunos e mestres.
Ninguém está destituído da sabedoria Divina para viver com o direito incontestável do livre arbítrio e razão de ser.
O que precisamos fazer é voltarmos o foco de nosso olhar para dentro de si, pois só assim, poderemos nos enxergar e aceitar a vida com amor.
Estamos fadigados, estressados, manipulados, e reféns de toda essa situação porque assim permitimos.
Vejam como abusamos das coisas e pessoas nesta insensatez de querer que estes preencham nossos vazios e insatisfações.
Estamos deixando que a vida nos leve sem sabermos para aonde e de que jeito.
Somos levianos neste modo de viver; e vamos morrer assim deixando que os outros decidam por nós, inclusive Deus.
Ora, ele já nos deu a vida e todas as maravilhas do universo; e ainda assim, estamos a reclamar!
Reclamamos de tudo demonstrando nossa ingratidão à vida e a todos.
Se queremos amor, reconhecimento, lealdade, amigos, enfim, devemos nos esforçar para equilibrar o “dar e receber”.
Não queremos dar!
Queremos confortavelmente só receber !
Vamos irmãos de jornada evolutiva, sermos mais adultos e conscientes neste viver.
Que saiamos dessa hibernação comodista de não querermos ser responsáveis por nossas vidas e ficar culpando os outros.
Força e coragem para fazermos uma “viagem ao nosso interior”.
É o que ora pude assimilar e sugerir, esta oportuna mensagem de reflexão que objetiva indiciar-nos para melhores dias nesta turbulência em que muitos se perderam.
Muita luz, luz!
Namastê
Roberto Luiz Santos. 22-08-2015