A alforria da alma depende do próprio ser.
do tempo, e de Deus.
Compreendendo que estamos vinculados, desde o princípio por leis irremovíveis, quase nada poderemos fazer por nós próprios^ Porém, é de ordem comum que façamos os nossos deveres perante o tempo, a consciência e o Pai Celestial.
Parece, à primeira vista, de difícil compreensão, mas não o é desde que tenhamos alguns princípios dos conhecimentos reguladores da própria vida.
A libertação se empenha na exuberância das qualidades evangélicas, para que se possa usar as multiplicidades dos seus dons.
A liberdade é posição grandiosa na existência de cada um Destarte, a lei nos pede responsabilidade.
Sem ela, a ordem torna-se utopia.
Quanto mais nos envolvemos na ignorância, mais nos tornamos escravos das forças inferiores.
Liberados, passamos a ser dirigidos pela luz do Bem, como servos do amor.
Nunca ficaremos livres da influência da causa primária de todas as coisas e isso é para o nosso próprio bem.
Somos libertos pelas leis menores, que obedecem ás leis maiores, dirigidas e sustentadas pelo Grande Arquiteto do Universo.
Somos vassalos de Deus Sua criação e filhos eternos, dentro da eternidade da vida.
O melhor para nós outros é a perfeita obediência.
Ser-nos-á dado muito com esse procedimento, quando não é acrescentado mais a favor das nossas necessidades.
A razão nos traz muitos problemas para que possamos despertar algumas qualidades em sono profundo na consciência ou super-consciência.
O raciocínio levanta a fronte da alma, olha os céus e as estrelas e quer dominá-los, quer ser o senhor e avança em todas as direções do saber.
Não obstante, esquece que está sendo dirigido também pela Inteligência Maior, nas sutilezas do silêncio.
É por ordem do progresso que amamos a libertação.
Não somente nós, mas a própria natureza em profusão, os peixes, os animais, as aves e mesmo o vegetal, visto que guardamos a semente no seio escuro da terra, prisioneira do solo, e ela quebra as grades das junções de argila e se liberta no panorama divino, vendo o sol e sentindo o ar puro.
No entanto, por leis maiores, continua presa à terra para o seu próprio bem.
Quando se desliga, morre.
Se nos desligarmos de Deus, procurando a total liberdade, eis o nosso fim.
Exalamos como um pingo do nada no oceano da vida.
Sabemos, no entanto, que isso jamais acontecerá, pelo amor do Pai Celestial a Seus filhos do coração, pois o Seu esquema é perfeito em todas as nuances, de modo que quanto mais o tempo passa, mais vida se acumula na consciência, mais livres vamos ficando do negativo e nos tornamos mais positivos, pêlos vínculos das forças libertadoras que começam a ser lei dentro de nós.
O espírito puro é livre da ignorância, mas nunca ficará livre do Bem, do Amor e da Verdade.
A felicidade é uma imposição divina, do Criador para toda a Sua criação, da maneira que Ele achou mais conveniente.
A vista disso é que, por experiência, aconselhamos obediência às leis estatuídas pelo Legislador Maior que, por misericórdia, e sendo chegada a hora, mandou o Seu próprio filho ao seio dos filhos menores, para sintetizar, em um punhado de letras sagradas, o código da divindade, pelo qual seremos despertados para a vida fulgurante.
A libertação é gradativa, como gradativos são os deveres para com ela.
Ao fim de – 112 – todas as nossas cogitações referentes à vida, o amor suplanta tudo, porque ele nos liberta até da própria libertação e nos coloca em uma dimensão, cuja grandeza ainda não temos palavras para explicar, nem pensamentos para sentir, por nos faltarem sentidos apropriados para tal.