A juíza Mindy Glazer e um réu de nome Arthur Booth tiveram um encontro inusitado em um tribunal há cerca de dez anos.
O vídeo, que ficou bastante conhecido nas redes sociais, mostra o momento em que o réu, condenado por assalto a dez anos de prisão, já em trajes penitenciários, recebe a condenação em frente à juíza.
Antes de sentenciá-lo ela pergunta: Você cursou o Ensino Médio na Nautilus?
Imediatamente Arthur desaba e começa a chorar.
Ambos haviam se reconhecido.
Haviam sido colegas de escola.
Ele se desespera, caindo em si, percebendo onde sua vida o havia levado.
Não podia acreditar.
A juíza, claramente sensibilizada, olha para todos ao redor e diz:
Ele era um garoto excelente.
Era um dos melhores jovens no Ensino Médio.
Eu costumava jogar futebol com ele e vejam o que aconteceu.
O homem estava transtornado.
O remorso chegava com todo seu peso.
Ainda, na despedida, ela pôde lhe dizer:
Senhor Booth, espero que o senhor possa mudar a sua vida.
Para quem assiste ao vídeo, a história acaba ali, mostrando como duas pessoas podem tomar caminhos tão distintos.
No entanto, ela segue adiante e fica mais bonita.
Arthur não precisou cumprir os dez anos de reclusão.
Foi liberado antes por bom comportamento.
No dia de sua saída da prisão, além da família para recebê-lo, teve uma grande surpresa.
A juíza Mindy Glazer estava lá aguardando a sua saída e os dois se abraçaram.
Entre lágrimas e sorrisos ela lhe diz: Você vai mudar sua vida e vai fazer algo bom por alguém, prometa-me.
Arthur mudou de vida e sempre diz que a juíza foi uma grande inspiração para ele.
Ele se tornou gerente de uma empresa farmacêutica no Estado da Flórida e vive bem.
Arthur conta sua história para inspirar outros jovens para não se envolverem com drogas e com o mundo do crime.
* * *
Todos temos jeito.
Jamais nos deixemos abater por pensamentos derrotistas como: Esse aí não tem mais jeito.
Fulano se perdeu e não tem mais salvação nesta vida.
Ainda nesta existência há como mudar os caminhos e retomar o rumo.
Talvez não consigamos consertar tudo, voltar a como as coisas eram antes dos grandes equívocos.
Mas podemos mudar algumas rotas e tentar novos começos.
Mesmo depois de velhos, ainda temos jeito.
Sempre podemos mudar, aprender algo novo, reinventar a vida.
Perdoar.
Perdoarmo-nos.
Pedir perdão a alguém e nos oferecermos para ajudar de alguma maneira.
Podemos ter quebrado algumas louças em pedacinhos e dizer: Não há mais como juntar, não sabemos nem onde estão os pedaços.
E mesmo que conseguíssemos, elas nunca ficariam como antes.
Talvez não possamos consertar o quebrado, mas temos chance de aprender a arte da cerâmica e construir novas obras.
Para as leis divinas isso também significa consertar, refazer caminhos, reajustar-se.
Nunca pensemos que é tarde demais.
Não nos deixemos abater pelo pessimismo que teima em nos incutir pensamentos como: O mundo não tem jeito, a Humanidade não tem jeito.
Todos temos algum jeito.
Agora ou depois.
Todos podemos nos consertar.
Redação do Momento Espírita
Em 24.
2.
2025