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SEPARAÇÃO
O homem atual tem encarado com muita naturalidade a separação conjugal, não exigindo motivos muito fortes para consumá-la. Uma simples incompatibilidade de gênios é suficiente. E, ao tomar tal decisão, costuma pensar exclusivamente nas questões pessoais, sem levar em consideração os reflexos sobre os outros membros da família, especialmente os filhos.
À luz do Espiritismo, a separação se constitui em decisão muito séria, que só deve ser tomada em situações extremas, pelas inúmeras consequências que traz, não só para os cônjuges, como para os filhos.
A maioria dos casamentos na Terra é do tipo provacional, requerendo muita renúncia para serem levados até o fim. É nest e tipo de união que ocorre a separação, porquanto naquelas realizadas com base na afinidade real praticamente não há o risco de acontecer.
Todos os casais necessitam de certo período de adaptação, cuja duração é bastante variável. É nessa fase que o homem e a mulher aprendem a compartilhar a vida. Antes cada um podia viver sem ter que dar satisfação dos próprios atos a outrem, mas, após o casamento, não tem como deixar de fazê-lo. Há um compromisso mútuo nesse sentido, o que implica na existência de deveres e direitos de um para com o outro, sendo necessário conhecê-los com nitidez.
A questão da incompatibilidade de gênios precisa ser analisada com maior profundidade.
Frequentemente os casais confundem diferenças de gostos e ideais com incompatibilidade. É muito difícil encontrar duas pessoas que não apresentem essas diferenças. Se aprenderem a dialogar e a se respeitarem mutuamente, podem viver em paz no lar. Lamentavelmente poucos fazem esforços nesse sentido. O e goísmo os leva a agir de forma oposta, dificultando a adaptação na vida a dois. Não se pode esquecer também que o homem e a mulher podem corrigir os próprios defeitos, a fim de facilitar o relacionamento.
O esforço para melhorar o relacionamento é extremamente benéfico para o homem e a mulher, sob o ponto de vista espiritual, porque permite converter aversões do pretérito em razoável amizade, enquanto que a separação significa o protelamento de reajustes indispensáveis, agravando a situação dos responsáveis pela falência do casamento perante as leis de Deus. Referindo-se ao divórcio, Emmanuel nos ensina que conquanto em muitas situações agrave os próprios débitos, dispõe a pessoa da faculdade de interromper, recusar, modificar, discutir ou adiar, transitoriamente, o desempenho de compromissos que abraça (Vida e Sexo).
Se, para os cônjuges, a separação, com raras exceções, significa interrupção, adiamento ou recusa no cumprimento de compromissos assumidos anteriorment e, para os filhos representa causa de desajustes, muitas vezes de consequências desastrosas, mormente quando ocorre enquanto estes ainda são muito jovens. A reação deles é imprevisível: vai desde a queda do rendimento escolar até à revolta total. Alguns mudam completamente o curso da própria vida, desviando-se para o alcoolismo, a toxicomania ou outros vícios, dos quais só se libertam com muita luta, outros se descontrolam emocionalmente e se tornam agressivos, arredios ou mal-humorados.
Nem sempre a separação é desejada pelo marido e pela mulher. Na maioria das vezes apenas um é responsável pela situação que provoca o rompimento da união conjugal, não restando ao outro, senão a alternativa de aceitar a situação, muitas vezes com grande sofrimento. A esse respeito, escreve Emmanuel: Quando um dos parceiros foge ao compromisso assumido, sem razões justas, lesa o outro na sustentação do equilíbrio emotivo, seja qual for o campo de circunstâncias em que esse compromisso ven ha a ser efetuado. Criada a rotura no sistema de permuta das cargas magnéticas de manutenção, de alma para alma, o parceiro prejudicado, se não dispõe de conhecimentos superiores na autodefensiva, entra em pânico, sem que lhe possa prever o descontrole que, muitas vezes, raia na delinquência (obra citada).
Naturalmente os sofrimentos da vítima da separação serão debitados na conta do responsável por ela, exigindo resgate futuro.
Levando em consideração os compromissos do passado e as consequências futuras, o melhor é tentar levar o casamento até o fim, podendo o divórcio ser aplicado como medida extrema contra o suicídio, o homicídio ou calamidades outras que lhe complicariam ainda mais o destino, nas palavras de Emmanuel. Também é admissível em casos de violência física ou moral, porquanto a escravidão não vem de Deus e ninguém possui o direito de torturar ninguém, à face das leis eternas, como nos adianta o autor espiritual (obra citada).
Finalmente, diante d a separação, não devemos julgar o casal, porquanto nem sempre as razões mais íntimas são divulgadas e correríamos o risco de fazer avaliações errôneas, ferindo nossas próprias consciências.
Autor – Umberto Ferreira Livro: Vida Conjugal – Cap. 30 – Pág. 87
O homem atual tem encarado com muita naturalidade a separação conjugal, não exigindo motivos muito fortes para consumá-la. Uma simples incompatibilidade de gênios é suficiente. E, ao tomar tal decisão, costuma pensar exclusivamente nas questões pessoais, sem levar em consideração os reflexos sobre os outros membros da família, especialmente os filhos.
À luz do Espiritismo, a separação se constitui em decisão muito séria, que só deve ser tomada em situações extremas, pelas inúmeras consequências que traz, não só para os cônjuges, como para os filhos.
A maioria dos casamentos na Terra é do tipo provacional, requerendo muita renúncia para serem levados até o fim. É nest e tipo de união que ocorre a separação, porquanto naquelas realizadas com base na afinidade real praticamente não há o risco de acontecer.
Todos os casais necessitam de certo período de adaptação, cuja duração é bastante variável. É nessa fase que o homem e a mulher aprendem a compartilhar a vida. Antes cada um podia viver sem ter que dar satisfação dos próprios atos a outrem, mas, após o casamento, não tem como deixar de fazê-lo. Há um compromisso mútuo nesse sentido, o que implica na existência de deveres e direitos de um para com o outro, sendo necessário conhecê-los com nitidez.
A questão da incompatibilidade de gênios precisa ser analisada com maior profundidade.
Frequentemente os casais confundem diferenças de gostos e ideais com incompatibilidade. É muito difícil encontrar duas pessoas que não apresentem essas diferenças. Se aprenderem a dialogar e a se respeitarem mutuamente, podem viver em paz no lar. Lamentavelmente poucos fazem esforços nesse sentido. O e goísmo os leva a agir de forma oposta, dificultando a adaptação na vida a dois. Não se pode esquecer também que o homem e a mulher podem corrigir os próprios defeitos, a fim de facilitar o relacionamento.
O esforço para melhorar o relacionamento é extremamente benéfico para o homem e a mulher, sob o ponto de vista espiritual, porque permite converter aversões do pretérito em razoável amizade, enquanto que a separação significa o protelamento de reajustes indispensáveis, agravando a situação dos responsáveis pela falência do casamento perante as leis de Deus. Referindo-se ao divórcio, Emmanuel nos ensina que conquanto em muitas situações agrave os próprios débitos, dispõe a pessoa da faculdade de interromper, recusar, modificar, discutir ou adiar, transitoriamente, o desempenho de compromissos que abraça (Vida e Sexo).
Se, para os cônjuges, a separação, com raras exceções, significa interrupção, adiamento ou recusa no cumprimento de compromissos assumidos anteriorment e, para os filhos representa causa de desajustes, muitas vezes de consequências desastrosas, mormente quando ocorre enquanto estes ainda são muito jovens. A reação deles é imprevisível: vai desde a queda do rendimento escolar até à revolta total. Alguns mudam completamente o curso da própria vida, desviando-se para o alcoolismo, a toxicomania ou outros vícios, dos quais só se libertam com muita luta, outros se descontrolam emocionalmente e se tornam agressivos, arredios ou mal-humorados.
Nem sempre a separação é desejada pelo marido e pela mulher. Na maioria das vezes apenas um é responsável pela situação que provoca o rompimento da união conjugal, não restando ao outro, senão a alternativa de aceitar a situação, muitas vezes com grande sofrimento. A esse respeito, escreve Emmanuel: Quando um dos parceiros foge ao compromisso assumido, sem razões justas, lesa o outro na sustentação do equilíbrio emotivo, seja qual for o campo de circunstâncias em que esse compromisso ven ha a ser efetuado. Criada a rotura no sistema de permuta das cargas magnéticas de manutenção, de alma para alma, o parceiro prejudicado, se não dispõe de conhecimentos superiores na autodefensiva, entra em pânico, sem que lhe possa prever o descontrole que, muitas vezes, raia na delinquência (obra citada).
Naturalmente os sofrimentos da vítima da separação serão debitados na conta do responsável por ela, exigindo resgate futuro.
Levando em consideração os compromissos do passado e as consequências futuras, o melhor é tentar levar o casamento até o fim, podendo o divórcio ser aplicado como medida extrema contra o suicídio, o homicídio ou calamidades outras que lhe complicariam ainda mais o destino, nas palavras de Emmanuel. Também é admissível em casos de violência física ou moral, porquanto a escravidão não vem de Deus e ninguém possui o direito de torturar ninguém, à face das leis eternas, como nos adianta o autor espiritual (obra citada).
Finalmente, diante d a separação, não devemos julgar o casal, porquanto nem sempre as razões mais íntimas são divulgadas e correríamos o risco de fazer avaliações errôneas, ferindo nossas próprias consciências.
Autor – Umberto Ferreira Livro: Vida Conjugal – Cap. 30 – Pág. 87