Desencarnações coletivas

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Desencarnações coletivas

O objetivo da nossa evolução, a razão de ser da vida não é a felicidade terrestre, como muitos erradamente acreditam,mas o aperfeiçoamento de cada um de nós,e esse avanço devemos realizá-lo por meio do trabalho,do esforço, de todas as alternativas da alegria e da dor,até que nos tenhamos desenvolvido completamente e elevado ao estado celeste.

Continuamente em algum lugar do Planeta Terra, uma profunda tristeza se abate sobre uma determinada coletividade. Dá-se a emigração das almas humanas para as esferas superiores através da Lei de justiça que requer,por sua vez,sejam emancipadas, libertadas. O que chamamos mal, tragédia,catástrofes,nada mais é do que a lei divina dos destinos.

Numa certa ocasião,endereçaram ao mentor espiritual de Chico Xavier a seguinte indagação:

Sendo Deus a Bondade Infinita, porque permite a morte aflitiva de tantas pessoas enclausuradas e indefesas, como nos casos dos grandes incêndios?

Respondeu,então, Emmanuel: Realmente reconhecemos em Deus o Perfeito Amor aliadoà Justiça Perfeita. E o Homem, filho de Deus, crescendo em amor, traz consigo a Justiça imanente, convertendo-se,em razão disso,em qualquer situação, no mais severo julgador de si próprio.

Quando retornamos da Terra para o Mundo Espiritual, conscientizados nas responsabilidades próprias,operamos o levantamento de nossos débitos passados e rogamos os meios precisos a fim de resgatá-los devidamente.

É assim, que muitas vezes,renascemos no Planeta em grupos compromissados para a redenção míltipla.

Invasores ilaqueados pela própria ambição, que esmagávamos coletividades na volípia do saque, tornamosà Terra com encargos diferentes, mas em regime de encontro marcado para a desencarnação conjunta em acidentes píblicos.

Exploradores da comunidade, quando lhe exauríamos as forças em proveito pessoal, pedimos a volta ao corpo denso para facearmos unidos o ápice de epidemias arrasadoras.

Promotores de guerras manejadas para assalto e crueldade pela megalomania do ouro e do poder, em nos fortalecendo para a regeneração, pleiteamos o Plano Físico a fim de sofrermos a morte de partilha,aparentemente imerecida, em acontecimentos de sangue e lágrimas.

Corsários que ateávamos fogo a embarcações e cidades na conquista de presas fáceis, em nos observando no Além com os problemas da culpa, solicitamos o retornoà Terra para a desencarnação coletiva em dolorosos incêndios, inexplicáveis sem a reencarnação.

Criamos a culpa e nós mesmos engenhamos os processos destinados a extinguir-lhe as consequências. E a Sabedoria Divina se vale dos nossos esforços e tarefas de resgate e reajuste a fim de induzir-nos a estudos e progressos sempre mais amplos no que diga respeitoà nossa própria segurança. É por esse motivo que, de todas as calamidades terrestres, o Homem se retira com mais experiência e mais luz no cérebro e no coração,para defender-se e valorizar a vida.

Lamentemos sem desespero quantos se fizeram vítimas de desastres que nos confrangem a alma. A dor de todos eles é a nossa dor. Os problemas com que se defrontaram são igualmente nossos.

Não nos esqueçamos, porém, de que nunca estamos sem a presença da Misericórdia Divina juntoàs ocorrências da Divina Justiça, que o sofrimento é invariavelmente reduzido ao mínimo para cada um de nós, que tudo se renova para o bem de todos e que Deus nos concede sempre o melhor

Léon Denis assinala em seu livro, O Problema do ser, do destino e da dor – O morte, ó serena majestade! Tu de quem fazem um espantalho, és para o pensador simplesmente um momento de descanso, a transição entre dois atos do destino, dos quais um acaba e o outro se prepara.

Para a maior parte dos homens,a morte continua a ser o grande mistério, o sombrio problema que ninguém ousa olhar de frente. Assim como cada uma das nossas existências tem o seu termo e há de desaparecer,para dar lugar a outra vida, assim também cada um dos mundos semeados no Espaço tem de morrer, para dar lugar a outros mundos mais perfeitos.

O Universo não pode falhar. Seu fim é a beleza; seus meios a justiça e o amor. Fortaleçamo-nos com o pensamento dos porvires sem limites. A confiança na outra vida estimulará os nossos esforços, torná-los-á mais fecundos. Nenhuma obra de vulto e que exija paciência pode ser levada a cabo sem a certeza do dia seguinte. Qualquer que seja a altura a que tenhamos chegado, há sempre um plano superior a alcançar, uma nova perfeição a realizar.

Para toda alma, ainda a mais baixa, um futuro grandioso se prepara. Cada pensamento generoso que começa a despontar, cada efusão de amor, cada esforço que tende para uma vida melhor, é como a vibração, o pressentimento,o apelo de um mundo mais elevado que a atrai e que, cedo ou tarde, a receberá. Todo ímpeto de entusiasmo, toda palavra de justiça,todo ato de abnegação repercute em progressão crescente na escala de seus destinos.

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