Trovas do Além

Our Score
Click to rate this post!
[Total: 0 Average: 0]
Download PDF

      Contribuição de Pedro Fagundes Azevedo

TROVAS DO ALÉM

Artigo de Pedro Fagundes Azevedo, psicólogo, ex-presidente por três gestões da Legião Espírita de Porto Alegre

Em seus 92 anos de vida terrena, Francisco Cândido Xavier atingiu a incrível marca de 451 livros psicografados, vários deles traduzidos para outros idiomas. E ainda que nem sempre conservasse o estilo perfeito de cada escritor, ele jamais admitiu qualquer autoria. Reproduzia apenas o que os espíritos lhe ditavam. Despojado de bens materiais, vivendo de modesta aposentadoria na cidade mineira de Uberaba, Francisco Xavier sempre recusou donativos ou qualquer dinheiro com a venda dos livros. Cedia a totalidade dos direitos autorais, desde a sua primeira publicação, para instituições de caridade e centros espíritas. Psicografou, também sem nada cobrar, cerca de 10.000 (dez mil) cartas de espíritos recém desencarnados para suas famílias do plano material, com explicações, recomendações e detalhes que, às vezes, os próprios mais íntimos desconheciam. Até hoje, decorridos doze anos de sua desencarnação, continua sendo o escritor mais lido da América Latina. Entr etanto, nem todos sabem que ele também psicografava quadrinhas de trovadores que continuaram a trovar do outro lado da vida. São centenas. Aqui estão cinco dessas trovas post-mortem que eu escolhi ao acaso, com o nome de seus respectivos autores espirituais.

Aviso dos mais profundos,
Conceito dos mais felizes:
Nunca digas o que sabes
Sem que saibas o que dizes.
Teles de Meireles

Quando a morte exibe o aceno
Da verdade que se expande,
Há muito grande pequeno,
Há muito pequeno grande.
Antônio Sales

Depois da morte, no Além,
A dor que mais agonia
É a mágoa de não ter feito
Todo o bem que se podia.
Antônio de Castro

O mundo aplaude e coroa
Quem vence a batalha a esmo,
Mas, no Além, o vencedor
É quem venceu a si mesmo.
Antônio Azevedo
Ateu – enfermo que sonha
Na ilusão em que persiste,
Um filho que tem vergonha
De dizer que o pai existe.
Alberto Ferreira

Loading