Ação/Reação- lei Natural
Autor Espiritual: Dr. Melquíades
Médium Eunice Gondim
As almas aqui na Terra cumprem o planejamento feito pela espiritualidade superior quando as envia a esse plano de expiação. A caminhada de cada uma dessas almas é individual, mas precisa ser vivida em interação com os irmãos planetários. É através das relações com os outros, que os seres humanos tem oportunidades de resgatarem seus débitos passados e assim avançarem no seu processo de aperfeiçoamento que é o objetivo maior de sua vinda a esse plano.
Essas relações podem ser de plena harmonia ou desarmoniosas, sendo várias as causas que levam a esse estado de ocorrências.
Os espíritos ao encarnarem no plano terreno entram em contato com outros com os quais tiveram algum tipo de relação em encarnações pretéritas. Diversos são os tipos de interação que esses espíritos podem manter nessa vida, dependendo de como se comportaram e de como conviveram em outros tempos.
Pais que maltrataram ou rejeitaram filhos e que agora encarnam como filhos destes para poderem expiar as falhas que nesse sentido tenham cometido no passado;
Patrões poderosos que reencarnam como empregados de seus antigos subordinados para que sintam nessa vida as mesmas dores pelas quais os fizeram passar no pretérito;
E assim, cada caso é um caso em especial.
Alguém pode pensar que de acordo com essas considerações estejamos falando de vingança. Não é essa a verdade.
Trata-se do cumprimento de uma lei à qual todos os seres humanos estão submetidos que é a lei de Ação/Reação, ou seja, para cada ação que praticamos, existe uma reação de igual característica ou semelhança. Essa é uma lei natural que a própria Física explica e comprova.
Quando aplicada aos seres humanos, essa lei tem por finalidade o aperfeiçoamento do espírito ao atingir maior estado de evolução à medida que compreende melhor o sofrimento alheio.
Na vida cotidiana essa lei é claramente expressa quando alguém com muito poder em um cargo público, por exemplo, se vale da autoridade que lhe é atribuída pelo cargo e explora fisicamente ou psicologicamente os que lhe são subordinados. Pode ocorrer, e em muitos casos acontece, que um dia as posições se invertam e, de acordo com cada caso, o antigo Chefe se vê na obrigação de cumprir ordens determinadas pelo antigo subordinado.
Se essa pessoa compreender o que está acontecendo e aceitar a condição a qual está sendo submetido, pode dela tirar grande proveito para seu crescimento como ser humano. No caso contrário, ou seja, se a pessoa se sentir humilhado e injustiçado frente a nova situação, estará desperdiçando essa oportunidade de aperfeiçoar-se como espírito eterno que é, além de construir para seu futuro mais empecilhos para esse aperfeiçoamento.
Não podemos negar que muitos casos como esses são comuns no cotidiano de todos os seres humanos.
Aqui colocamos o caso de patrão/chefe, mas também é comum isso vir em outros tipos de relações como, por exemplo, alguém que possui muitos bens e discrimina os próprios familiares e amigos por não serem tão providos de riquezas como ele. Em muitos casos assim, a justiça divina atua de forma a que esse rico desperdice sua riqueza a ponto de um dia precisar ser servido por aqueles que por ele foram desprezados. E, como no caso descrito anteriormente, essa pessoa pode aproveitar esse ocorrido como fator de crescimento espiritual, aceitando a situação e sendo grato aos que agora lhe dão ajuda, ou desperdiçar mais uma oportunidade de refazimento moral e espiritual.
Estamos nos referindo aqui a fatos ocorridos numa mesma encarnação dessas pessoas, mas essa oportunidade de redenção dos erros cometidos pelos seres humanos nem sempre acontece numa mesma vida terrena. Em muitos casos um ser humano pode viver encarnado aqui no plano terreno cem anos de muita riqueza, muito poder e muita soberba, humilhando, maltratando e humilhando seus semelhantes em nome de um poder que lhe foi atribuído pela própria espiritualidade superior, ou para testar suas escolhas ou como oportunidade de cumprir missão de amor e caridade com seus irmãos fraternais.
Num caso ou no outro houve por parte desse espírito o desperdício de uma dádiva a ele concedida naquela encarnação.
Com certeza, esse espírito ao desencarnar vai ser atendido no plano espiritual e lhe será dada a oportunidade de rever seus atos aqui na Terra assim como o despertar de sua consciência para avaliar e julgar ele mesmo a qualidade de suas práticas durante a encarnação que se findou.
Na sequência, esse espírito pode solicitar a espiritualidade uma nova oportunidade de retornar ao plano terreno numa condição inversa à sua situação passada, com o objetivo de redimir aqueles erros dos quais agora tem plena consciência. Em ouros casos, a própria espiritualidade pode ofertar essa oportunidade e o espírito pode ou não aceita-la. Mas, mesmo que isso aconteça, chegará o tempo em que esses espírito, voluntariamente ou compulsoriamente será submetido a uma nova encarnação para quitar essas dívidas, pois Deus cria os espíritos para evoluir sempre, mesmo que demore muito tempo, até porque a vida espiritual é eterna.
Diante do que foi explicado, voltamos ao caso citado inicialmente envolvendo pais e filhos, patrões e empregados, os quais voltam a encontrar-se em mais de uma encarnação para que seja cumprida por todos a lei do progresso que é evoluir sempre sem nunca parar.
Como vemos, nenhum ser humano está aqui no plano terreno por acaso, todos tem objetivos a cumprir e metas a atingir. Depende de cada um aceitar ou rejeitar essa verdade, fazendo dela o direcionamento maior de sua caminhada terrena.
