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O perdão, uma breve digressão.

Por vezes expressado por gestos ou palavras, o perdão antes de tudo é sentimento! Sentimento dos mais puros e profundos, capazes de sobreviver, apenas na pureza d ™alma.

Poucos são os capazes de cultivar tal sentimento de forma pura, despido do orgulho, vaidade, arrogância, etc.

A palavra perdão , não consegue expressar por completo o real valor e a grandiosidade que este sentimento possui junto ao espírito e representa para a nossa evolução.

Deveras difícil de sentir, tão quanto raro de se ver nas relações inter-humanas, este sentimento é o bilhete de acesso da humanidade para uma elevada evolução espiritual. Quimera seria se todos (encarnados e desencarnados), fossem capazes de perdoar  na mais profunda e pura acepção do termo, pois se nesta fase evolutiva vivêssemos, não habitaríamos mais a crosta terrestre, e se aqui ainda estivéssemos, não a conceberíamos por estar completamente modificada, briosamente pacificada e evoluída, com a maldade totalmente expurgada deste planeta.

Devemos entender o Perdão verdadeiro  como um ciclo, que somente se completa se pretendido pelo ofensor, lhe for dado e aceito sem condições impostas pelo ofendido. Sem o sentimento do ofendido em patrocinar caridade em favor do ofensor. Pois, o Perdão que tratamos aqui não é caridade, é necessidade, tanto do perdoado, quanto de quem perdoa, é ato de amor, mais do que ao próximo, a si mesmo. Condições poderão existir, contudo a cargo da Justiça Divina.

Quando perdoamos o próximo, perdoamos a nós mesmos. Perdoamos-nos por termos sidos arrogantes, vaidosos, indiferentes, indiligentes, egoístas, etc, com aquele que nos traiu, ou pensamos ter-nos traído, pois,às vezes distorcemos os fatos nos colocando como vítimas. Às vezes olhamos para um benevolente irmão, e vemos nele a face do mais perverso algoz.

Muitas vezes aquele que nos parece o mais cruel inimigo, em verdade é uma de nossas vítimas do passado que nos perdoou. E quando na espiritualidade habitamos, aceitamos o perdão concedido e nos comprometemos em pagar-lhe nossos débitos, recebendo, enfim, quitação Divina daquela falta.

Mas somos vaidosos e egoístas, e por isso sofremos. Na maioria esmagadora das vezes, sofremos por nossa própria conta, fazemos dos nossos pensamentos e atos nossos próprios algozes, esperando uma providencia Divina. Apertamos o nó em nossos pescoços e pulamos com total livre-arbítrio, e no final… Culpamos aqueles que não nos tentaram impedir!

Pensem nisso meus irmãos.

Leonardo Fallaci

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