Livro dos Espíritos – Pergunta Numero: 393 5/5 (2)

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393. Como pode o homem ser responsável por atas e resgatar faltas dos quais não se recorda? Como pode aproveitar-se da experiência adquirida em existências que caíram no esquecimento? Seria concebível que as tribulações cia viria fossem para ele uma lição, se pudesse lembrar-se daquilo que as atraiu, mas desde que não se recorda, cada existência é para ele como se fosse a primeira, e é assim que ele está sempre a recomeçar. Como conciliar isto com a justiça de Deus?

– A cada nova existência o homem tem mais inteligência e pode melhor distinguir o bem e o mal. Onde estaria o seu mérito, se ele se recordasse de todo o passado? Quando o Espírito entra na sua vida de origem (a vida espírita!, toda a sua vida passada se desenrola diante biela, vê as faltas cometidas e que são causa do seu sofrimento, bem como aquilo que poderia tê-la impedido de cometê-las, compreender a justiça da posição que lhe é dada e procura então a existência Algumas traduções dizem: Esquecido do seu passado, ele é mais senhor de si A frase francesa é a seguinte: Par 1’oubli du passé il est paus lui-même. O fato de ser ele. mesmo, na nova encarnação, parece-nos mais significativo do que ser senhor de si, (N. do T.) necessária a reparar a que acaba de escoar-se. Procura provas semelhantes àquelas por que passou, ou as lutas que acredita apropriadas ao seu adiantamento, e pede a Espíritos que lhe são superiores para o ajudarem na nova tarefa a empreender porque sabe que o Espírito que lhe será dado por guia nessa nova existência procurará fazê-lo reparar suas faltas, dando-lhe uma espécie de intuição das que ele cometeu. Essa mesma intuição é o pensamento, o desejo criminoso que freqüentemente vos assalta e ao qual resistis instintivamente, atribuindo a vossa resistência, na maioria das vezes, aos princípios que recebestes de vossos pais, enquanto é a voz da consciência que vos fala, e essa voz é a recordação do passado, voz que vos adverte para não caírdes nas faltas anteriormente cometidas. Nessa nova existência, se o Espírito sofrer as suas provas com coragem e souber resistir, eleva-se a si próprio e ascenderá na hierarquia dos Espíritos, quando voltar para o meio deles. Se não temos, durante a vida corpórea, uma lembrança precisa daquilo que fomos, e do que fizemos de bem ou de mal em nossas existências anteriores, temos, entretanto, a sua intuição. E as nossas tendências instintivas são uma reminiscência do nosso passado, às quais a nossa consciência?

– que representa o desejo por nós concebido de não mais cometer as mesmas faltas?

– adverte que devemos resistir.

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