Verdade vem do latim Veritate.
Pode significar o que é real ou possivelmente real dentro de
um sistema de valores.
Os homens sempre procuraram a verdade das coisas com as
quais esteve e está envolvido.
Pensadores do passado buscaram
explicações para a verdade.
Nesta busca muitos tropeçaram e muitos ainda tropeçam.
William Shakespeare, poeta e dramaturgo inglês, num dos
seus apontamentos diz:
“Que formosa aparência tem a falsidade”.
Sim, muitos tomam o falso por verdadeiro e com isto confundem
valores.
A mente humana quase sempre inadaptada para os grandes
questionamentos das Leis Divinas que nos rege, costuma praticar
caótica inversão ao analisar o que é bom, segundo seus critérios
e conceitos.
Idolatra coisas, causas e pessoas sem o mínimo senso de
compromisso cristão e em detrimento aos que se dedicam com
afinco para a implantação do bem real entre os homens.
Jean Baptiste Massillon foi um religioso francês, pregador e
bispo de Clermont desde 1717 até seu desencarne em 1742.
E, na
pátria espiritual, continuou seus estudos e trabalhos a favor de
um tempo melhor objetivando ajuizar pessoas melhores.
Numa comunicação mediúnica em Bordéus e publicada por
Allan Kardec na Revista Espírita de abril de 1861, o nobre espírito
tratou deste tema com muita propriedade.
Disse ele:
“Quais são os gemidos dolorosos que vêem repercutir em meu coração
e fazer vibrar todas as suas fibras? É a humanidade que se debate
no esforço rude e penoso trabalho, porque v ai dar luz à verdade”.
Quando Jesus pronunciou a sentença: “Conhecereis a verdade
e ela vos libertará” – Jo 8, 32, o Mestre acendeu em nossos corações
a grande perspectiva de que um dia todos andaremos de braços
dados com o que de fato é real e permanente.
Pedro ficou intrigado com o que Jesus disse naquela manhã
no pátio do Templo e, à noite, nos momentos de estudos a sós
entre o Mestre e seus discípulos, o venerado Apóstolo interrogou
a Jesus o que seria a verdade.
Jesus o olhou profundamente como se ele representasse ali
toda a humanidade a perguntá-lo a mesma coisa e respondeu:
“Pedro, a verdade é o conhecimento das Leis Divinas instituídas
por Deus”.
Eis o caminho para descobrirmos e nos conduzirmos dentro
dos parâmetros da verdade.
Os gregos iniciaram no Ocidente o estudo da natureza a que
deram o nome de Física.
A partir dali nós, os ocidentais, abrimos
o grande livro da verdade divina.
A ciência, a filosofia e a religião tentam decifrar os enigmas
dessas Leis que a tudo rege com sabedoria e equidade.
Necessitamos, contudo, sermos espíritos destemidos e
perseverantes para entendermos o que Deus nos diz através
desse debulhar de informações contidas no mundo e nos céus
que nos cobre, avançando além pelo Universo.
Somente aí a busca da verdade será de fato soberanamente
promissora.
Até lá vamos palmilhando caminhos muitas vezes ermos,
afirmando agora para corrigirmos depois e, após, voltarmos a
modificar conceitos.
Claro, faz parte dos aprendizados, mas nos é necessário
amadurecermos para encontrarmos de fato com a verdade que
se estenderá sempre e sempre, porém num ritmo adequando à
Suprema Vontade Deus.
Aí a diferença se estabelece: nossas verdades
mutáveis e a verdade imutável do Pai e Criador.
Assim, podemos dizer com Massillon que vai nascer a verdade
e ela já acontece, porém de forma individual para somente
mais tarde abranger toda a sociedade.
O antigo clérigo ainda nos diz que:
“.
.
.
em alguns anos vai cair os andaimes do espírito de mentira e,
verdade imutável como o próprio Deus, chamar pelo Espiritismo todos
os homens à sua bandeira”.