É comum se encontrar pessoas portando ao pescoço ou nos pulsos certos adereços estranhos.
São figas, reproduções de determinadas figuras, trevos e duendes em miniatura, entre tantos outros.
Acreditam firmemente, essas pessoas, que adereços assim dispostos no corpo as defendam de quaisquer malefícios.
Creem outras que podem, inclusive, atrair coisas boas, boa sorte etc.
Observando tal quadro, recordamo-nos da história do príncipe que não sorria.
O rei, seu pai, enviou mensageiros a todo o reino para que anunciassem que aquele que conseguisse fazer seu filho sorrir, seria amplamente recompensado.
Muitos foram os que se apresentaram fazendo graça, dizendo coisas que deveriam provocar o riso.
E nada.
Então se apresentou a madrinha da criança e lhe deu um coração preso a uma corrente de ouro.
Afirmou que se ele conservasse aquele coração rente ao seu próprio, sorriria sempre.
E assim foi.
O príncipe passou a sorrir, para alegria de seu pai e de todo o reino.
No entanto, passado algum tempo apagou-se o sorriso do príncipe e ele mergulhou em tristeza.
É que ele havia perdido o cordão de ouro com o coração do sorriso.
Todos foram convocados a procurá-lo.
O próprio príncipe deixou os jardins do palácio e começou a andar pelas estradas, procurando, procurando.
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Depois de quase estar exausto, encontrou em um bosque várias crianças que brincavam e riam, alegremente.
Passou a observá-las e elas, desconhecendo quem ele era, o convidaram a brincar.
Chegado o horário do lanche, entraram cantando na cabana de madeira pequena e limpa e se serviram de pão, leite e frutas.
Curiosamente, o príncipe observou que nenhuma delas trazia um cordão de ouro ao pescoço com um coração pendurado.
Por que vocês riem? – Perguntou o príncipe.
Porque estamos felizes.
– Responderam em coro.
Mas vocês não tem o coração do sorriso pendurado no pescoço.
Como podem estar felizes?
Não precisamos de nada pendurado ao pescoço, responderam.
Estamos felizes porque temos pais que nos amam, pão saboroso que nos nutre, leite e frutas para saciar nossa sede e nossa fome.
Somos felizes por viver, por poder brincar, cantar, louvar a Deus que nos criou.
* * *
À semelhança do príncipe, necessitamos aprender que nada de fora, material, poderá nos conceder paz, serenidade, alegria.
Tudo que se refere a estados d alma vem do Espírito.
O Espírito, e somente ele, é o promotor da sua felicidade ou infelicidade.
* * *
Você sabia que mais importante do que os fetiches e talismãs são os valores morais do homem?
Assim, é muito mais importante que nos preocupemos com a nossa intimidade para atrair os bons Espíritos, do que cogitar de usarmos esse ou aquele objeto, para atrair boa sorte.
Redação do Momento Espírita, com base na questão 143 do livro O Consolador,
pelo Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier,
ed.
FEB e no cap.
O coração feliz do príncipe de O livro das virtudes,
de William J.
Bennet, v.
2, ed.
Nova Fronteira.
Em 20.
9.
2019.